Embaixada americana tem 841 antenas em solo brasileiro 

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado, que investiga as denúncias de Espionagem, ouviu do presidente da Anatel, João Rezende, em sessão nesta terça-feira (15), que existe vulnerabilidade na segurança dos dados que trafegam pela internet no país. Rezende também confirmou a existência de 841 outorgas de antenas em solo brasileiro para a Embaixada americana.  

A presidente da CPI, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) destacou que a Comissão Parlamentar de Inquérito da Espionagem vai apresentar um projeto de lei para criar uma agência que reúna todos os envolvidos nos processos de comunicação e informação.

Rezende descartou a cooperação de empresas brasileiras com os Estados Unidos no esquema de espionagem, afirmando que “todas as informações que foram trazidas à Agência mostram que não há colaboração de empresas brasileiras com esse processo de espionagem".

Rezende explicou que os contratos firmados pelas teles nacionais não preveem envio de dados de clientes brasileiros para autoridades norte-americanas.

“Todas as informações que foram trazidas à Agência mostram que não há colaboração de empresas brasileiras com esse processo de espionagem. Evidentemente que são dados que estão sendo colhidos e analisados tanto pela Agência Nacional de Telecomunicações quanto pela Polícia Federal. Do ponto de vista das respostas dadas pela Agência, o sistema respeita todos os critérios de segurança e de gestão da segurança da rede”, disse.

O relator da CPI da Espionagem, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) confirmou para quinta-feira (17) uma reunião com o embaixador da Rússia no Brasil para tratar da oitiva de Edward Snowden. Ex-técnico da agência de segurança americana, a NSA, Snowden revelou a existência de programas secretos norte-americanos de interceptação de dados eletrônicos e telefônicos em todo o mundo.

Ferraço esclareceu que se a CPI conseguir a autorização do governo russo para fazer uma teleconferência com Edward Snowden terá a possibilidade de questioná-lo diretamente sobre os mecanismos e informações adicionais necessárias para que as investigações possam evoluir.

Da Redação em Brasília
Com Agência Senado