Ativistas libertam cães usados em testes de laboratório em SP

Um grupo formado por dezenas de atividades em defesa dos animais arrombou os portões e invadiu na madrugada desta sexta-feira (18), o Instituto Royal, em São Roque, região de Sorocaba, para libertar pelo menos uma centena de cães da raça beagle usados em testes de medicamentos. O Instituto Royal é investigado pelo Ministério Público pelo uso irresponsável de cães em testes para a indústria farmacêutica.

Os ativistas percorreram os três andares do prédio e recolheram os animais, levando-os para fora do local. Havia pelo menos um cachorro morto e outros estavam com os pelos raspados. Parte das instalações foi depredada durante a invasão.

A ação foi iniciada às 1h30 por manifestantes que há vários dias estavam acampados na frente do prédio – alguns chegaram a se acorrentar no portão. A Polícia Militar impediu que o grupo deixasse o local, mas muitos ativistas já tinham saído do estabelecimento levando animais em seus veículos.

A direção do instituto classificou a invasão como "ato de terrorismo" e informou que suas atividades são acompanhadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Na internet começou uma campanha para a adoção dos cães. Uma página no Facebook foi criada: Adote um animal resgatado do Instituto Royal e cerca de 58 mil pessoas já haviam 'curtido' até o fechamento da matéria. Em um dos posts os ativistas alertam: "Os Beagles estão com chip de identificação e há ordem judicial para pegá-los em clínicas veterinárias e devolver ao Instituto Royal. Atenção: chamem apenas veterinários de confiança e, se possível, um que vá até o seu local. Tomem cuidado com clínicas veterinárias e lojas PET".

Uma petição online pedindo o fim do uso de animais pelo instituto também circula na rede – 188 mil já haviam assinado até às 12h.

Com informações da Agência Estado