Estudantes da PUC no Rio planejam fechar a Lagoa-Barra

Os estudantes da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (Puc-Rio) estão organizando um ato de protesto na estrada Lagoa-Barra pela libertação dos estudantes Ciro Oticica e Pedro Castelo Branco que foram detidos após as manifestações na noite de terça feira (15).


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A ausência de qualquer tipo de provas materiais com os manifestantes, que pudesse caracterizar atos de vandalismo, é para os estudantes da PUC um cerceamento dos direitos à livre manifestação e de perseguição política, possivelmente em represália ao fato do estudante Ciro Oticica ter sido um dos últimos a deixar a Ocupação interna da Câmara de Vereadores na ocupação por manifestantes e professores.

Para, João Tinoco, membro do DCE – Roda Viva, esta manifestação de resistência dos estudantes é legitima e necessária nesse momento de caos político, de abuso de poder e do esgotamento da representatividade do governo do Estado.

Para Pedro Correa de Brito, membro do Centro Acadêmico de Relações Internacionais (CARI), a idéia do ato é de conscientizar as pessoas sobre os graves acontecimentos que atentam contra a democracia. "Temos que trazer as ruas para a Academia", disse ele.

Para o vice-reitor da PUC, Augusto Sampaio , não é possível reeditar os tempos da ditadura, quando se era preso, mesmo sem cometer crime algum. A sociedade precisa entender que essas transformações sociais são necessárias. Segundo ele, preocupa a imensidão de jovens que se aliena em querer ter bens, ter sucesso profissional, por que realidade do Brasil é outra. “Esperamos que exista uma classe de estudantes, que lute por mudanças de mentalidades, estudantes com preocupação política, que tenha atuação e não vivam uma alienação" concluiu o vice-reitor.

Fonte: Jornal do Brasil (texto e foto)