Aumenta adesão à greve na sede administrativa em Natal

 

A adesão segue forte na sede da Petrobrás, em Natal. O quinto dia de greve teve início às 4h00, com um “trancaço”. Somente pessoas de setores essenciais e acordadas previamente com o Sindicato puderam ingressar nas instalações. Os ônibus que levariam trabalhadores para o Polo Industrial de Guamaré e para o Ativo de Produção de Alto do Rodrigues foram liberados vazios, somente com o motorista. Com a presença de trabalhadores do Polo e Mar presentes, foi realizada uma assembleia informativa para avaliação do quadro local e nacional, e definição dos próximos passos do movimento.

Na ocasião, a diretora de Comunicação do SINDIPETRO-RN, Fátima Viana, criticou a postura da Empresa, que está procurando tocar a produção em diversas áreas, mesmo sem o efetivo necessário para a realização do trabalho. Há denúncias, inclusive, de trabalhadores em desvio de função e utilização de pessoal terceirizado sem a qualificação requerida, como estaria ocorrendo na Refinaria Clara Camarão, em Guamaré.

Naquela unidade, sob as ordens do gerente Daniel Correa, conhecido pela arrogância e truculência, trabalhadores estão sendo mantidos em cárcere privado, obrigados a executar tarefas para as quais não tiveram a formação e o treinamento necessários. A atitude caracteriza flagrante desprezo pelos padrões e normas de segurança, e desrespeito à gerência local de SMS, se é que não há conivência.

Outros Estados – Assim como no RN, em outros estados do Brasil, tais fatos vêm se repetindo e as consequências já começam a aparecer. O SINDIPETRO-NF divulgou a ocorrência de acidente com fratura exposta a bordo da P-48. A plataforma está sendo operada pela equipe de contingência selecionada pela Petrobrás e, segundo trabalhadores, a pressão a bordo está grande para cumprimento de pendências da Marinha. O acidente aconteceu na praça de máquinas, onde trabalhavam juntos montador de andaime, pintor, maçariqueiro soldador e lixador, todos no mesmo espaço e em ritmo frenético de trabalho.

O SINDIPETRO-RN denuncia e repudia a atitude da Petrobrás que prefere sacrificar a segurança do trabalhador, ao invés de reduzir a produção para níveis compatíveis com a situação. Mas esta não é uma novidade. Caso, de fato, houvesse empenho no sentido de garantir melhores condições de trabalho para a categoria, uma proposta justa para o Acordo Coletivo de Trabalho já teria sido apresentada, o que não é o caso.

Além de pressionar a direção da Companhia pela melhoria da proposta para o Acordo Coletivo 2013-2015, a greve nacional dos trabalhadores petroleiros exige o arquivamento do Projeto de Lei 4330, que tramita na Câmara dos Deputados, e o cancelamento do leilão do Campo de Libra.

Fonte: Sindipetro/RN