Argentinos vão às urnas neste domingo para renovar parlamento

A eleição renovará a metade da câmara dos deputados e um terço do senado. A campanha eleitoral foi encerrada nesta sexta-feira (25).

Se o resultado das Primárias Abertas Simultâneas e Obrigatórias (PASO) se mantiverem, a Frente Para a Vitória terá a maioria tanto no Senado, quando na Câmara, apesar da perda de algumas cadeiras. Além disso, seguirá sendo a única força política com presença nos 23 distritos do país e com força para disputar as eleições em 2015.

Em entrevista ao jornal Info Money, o professor de História Contemporânea e da América da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Tiago de Melo Gomes, observou que o principal desafio que Cristina e a Frente para a Vitória terão pela frente será econômico: “conter a inflação e tentar reindustrializar a Argentina, coisas que até agora não foram feitas com sucesso, apesar das tentativas. Politicamente virá uma eleição duríssima, e Cristina precisará viabilizar a candidatura de Daniel Sciolli, que no momento tende a ser o candidato governista [em 2015]”.

O historiador apontou ainda que as notícias sobre a Argentina no Brasil chegam profundamente enviesadas: “no Brasil o governo argentino é tratado de forma absolutamente injusta. É um governo de esquerda com erros e acertos, mas muita gente que nada sabe sobre o assunto o trata como se fosse uma semi-ditadura de uma populista e ponto final”. E critica a maneira como a imprensa lida com o tema: “formam esta opinião a partir da imprensa argentina, que é duríssima com o governo. É como formar opinião sobre a Dilma a partir da Veja. É uma visão muito parcial, ainda que não necessariamente mentirosa (embora por vezes seja mentirosa sim)”.

Da Redação do Portal Vermelho,
com agências