Curto-circuito no Ministério das Comunicações
Por volta das 17h, servidores ouviram um estrondo. Eletricistas faziam reparos em subestação da CEB quando houve um curto-circuito e até princípio de incêndio.
Publicado 25/10/2013 09:33 | Editado 04/03/2020 16:38
Faltou energia e, em seguida, uma fumaça negra subiu do subsolo e se espalhou, via sistema de ar-condicionado central, pelos nove andares do edifício onde funcionam o Ministério dos Transportes e o das Comunicações. O ministro César Borges estava em reunião com o presidente da CNBB, dom Raymundo Damasceno. A fumaça atingiu a sala de reunião. Houve corre-corre, e muita gente entrou em pânico. Pelo menos 30 pessoas passaram mal e foram socorridas por bombeiros. Dezoito tiveram de ser levadas para o Hran.
A causa foi uma falha na subestação rebaixadora da Companhia Energética de Brasília (CEB). Há menos de oito meses, um problema no mesmo equipamento teve consequências semelhantes. No momento da pane elétrica, ontem, funcionários de uma empresa contratada pela CEB terminavam os últimos reparos para consertar os estragos da explosão de fevereiro.
Ao todo, 30 pessoas precisaram de atendimento médico depois de inalar fumaça tóxica.
De acordo com testemunhas, por volta das 17h, foi possível ouvir um estrondo em alguns andares do prédio. A energia caiu imediatamente. O curto-circuito provocou um princípio de incêndio, controlado pelo Corpo de Bombeiros. A fumaça, extremamente tóxica, espalhou-se pelos nove andares do prédio, além do anexo, por meio do sistema de ar-condicionado central.
Das 30 pessoas que se sentiram mal, 18 foram encaminhadas para Hospital Regional da Asa Norte (Hran), entre elas, uma grávida e um homem hipertenso. Todos acabaram liberados ontem mesmo. Os outros atendimentos ocorreram na porta do prédio. Por recomendação da Defesa Civil, não haverá expediente hoje no Bloco R, onde funcionam os dois ministérios. “Fizemos uma inspeção e não constatamos qualquer abalo na estrutura do prédio. Não há riscos físicos e estruturais, mas recomendamos que o trabalho não seja retomado amanhã (hoje) por conta da situação de altíssimo estresse vivida pelos funcionários”, explicou o coronel Sérgio Bezerra, subsecretário de Operações da Defesa Civil.