Mercado estima inflação em 5,83% este ano e PIB menor em 2014

Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) reforçaram a expectativa de que a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), feche este ano em 5,83%. Para 2014, houve mudança na projeção, que passou de 5,94% para 5,92%. 

Os analistas também mantiveram a projeção para a taxa básica de juros, a Selic, em 10% ao ano, no final de 2013, e em 10,25% ao ano, no fim de 2014. Atualmente, a Selic está em 9,5% ao ano.

A taxa Selic é usada como instrumento para influenciar a atividade econômica e, por consequência a inflação. Quando considera que os preços estão em alta, o comitê eleva a Selic, como tem feito nas últimas reuniões.

É função do BC fazer com que a inflação convirja para a meta, que é 4,5%, com margem de dois pontos percentuais. Mas as projeções para o IPCA seguem acima do centro da meta (4,5%).

A pesquisa do BC também traz a mediana (desconsidera os extremos das estimativas) das expectativas para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que segue em 4,04%, este ano, e foi ajustada de 5,27% para 5,20%, em 2014.

A projeção para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) foi alterada de 5,79% para 5,81%, em 2013, e segue em 6% em 2014. Para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), as projeções foram ajustadas de 5,73% para 5,78%, este ano, e de 5,96% para 5,98% em 2014.

Crescimento da economia

As instituições financeiras também fizeram ajuste na projeção para o crescimento da economia, em 2014. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, passou de 2,20% para 2,13%. Para este ano, a estimativa permanece em 2,5%.

A estimativa para a expansão da produção industrial caiu de 1,84% para 1,80%, este ano, e de 2,50% para 2,39%, em 2014.

A projeção das instituições financeiras para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB foi ajustada de 34,55% para 34,50%, tanto para 2013 quanto para o próximo ano.

Ainda de acordo com a pesquisa do BC a instituições financeiras, o dólar deve fechar este ano cotado a R$ 2,25, e a R$ 2,40, em 2014.

A estimativa para o superávit comercial, saldo positivo de exportações menos importações, caiu de US$ 2 bilhões para US$ 1,97 bilhão, este ano, e foi ajustada de US$ 8,2 bilhões para US$ 8,5 bilhões, em 2014.

A previsão das instituições financeiras para o saldo negativo em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior) segue em US$ 79 bilhões, este ano, e foi alterada de US$ 74,4 bilhões para US$ 73,35 bilhões, em 2014.

A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) foi mantida em US$ 60 bilhões tanto para 2013 quanto para o próximo ano.

Fonte: Agência Brasil