Irã critica potências por instrumentalização dos direitos humanos

Os direitos humanos converteram-se em instrumento para as potências mundiais, denunciou nesta quarta-feira (30), o secretário da Comissão de Direitos Humanos do Poder Judicial do Irã, Mohamad Javad Lariyani, que fez referência a um recente relatório publicado pela Organização das Nações Unidas (ONU), com acusações de violação no país.

Em uma reunião mantida em Teerã, capital iraniana, com o representante para os direitos humanos do Ministério de Relações Exteriores da Rússia, Konstantin Dolgov, Lariyani destacou a importância do tema na esfera internacional, ao mesmo tempo em que lamentou a sua instrumentalização pelas potências mundiais.

Assim mesmo, reconheceu a precariedade da proteção dos direitos humanos no mundo, mas criticou a hipocrisia da definição de “defensores” dessa causa atribuída pelo Ocidente a Abdolmalek Rigi e a membros do grupo Mujahedin e-Khalq (MKO, na sigla em inglês) e do grupo Partido pela Vida Livre no Curdistão (PJAK, na sigla em inglês), envolvidos na morte de grandes números de mortes de cidadãos iranianos, no contexto do conflito pela secessão do Curdistão iraniano.

“A nação iraniana foi uma das principais vítimas da violência e do terrorismo”, disse o secretário persa, que denunciou a conduta seletiva e de fundo político da ONU com relação aos direitos humanos, o que danificou a sua credibilidade.

Da mesma forma, Laryiani criticou o fato de o Conselho ter designado um relator especial para o país persa, uma vez que a República Islâmica sempre manteve uma intensa cooperação técnica com a ONU, no assunto dos direitos humanos.

Dolgov, em visita ao Irã, qualificou de “únicas” as estruturas e as formações da Comissão de Direitos Humanos do Irã, e disse que se trata de uma experiência valiosa e excepcional que deve ser reconhecida.

Logo após enfatizar o desenvolvimento do terrorismo na região, o titular russo lamentou a postura dos países patrocinadores dos direitos humanos, já que o nível mais alto dos crimes contra esses direitos corresponde a eles próprios, com a evidência sobre o apoio aos terroristas na região.

Dolgov afirmou ainda que a Rússia se coloca contrária às resoluções anti-iranianas da ONU em diversas ocasiões, e denuncia o processo equivocado que leva a essas medidas. Ainda assim, mostrou-se otimista com a agilização da preparação do terreno para que ambas as partes ampliem a sua cooperação em matéria de direitos humanos.

Fonte: HispanTV
Tradução da redação do Vermelho