Ativistas no Bahrein são condenados por participar de protestos

A pesar das duras denúncias a nível internacional, o regime bareinita segue protagonizando atos violentos contra as manifestações antigovernamentais, que vêm se desenrolando há dois anos, sem grande atenção da mídia. Nesta quarta-feira (30), um tribunal do Bahrein condenou 10 muçulmanos xiitas a penas que vão de três meses a um ano de prisão, sob a acusação de participação nas manifestações pacíficas no país.

Bahrein - PressTV

Nove dos encarcerados foram condenados pela participação nas manifestações, em geral, e o décimo foi condenado, especificamente, por supostamente participar no ataque a uma delegacia de polícia, segundo fontes judiciais bareinitas.

De acordo com o principal partido opositor do Bahrein, Al-Wefaz, durante os últimos meses, as forças do regime aumentaram a repressão contra os ativistas pró-democracia, com a permissão do governo.

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Da mesma forma, as forças do rei Hamad bin Issa Al-Khalifa atacaram a sede do partido em Manama, capital do país. O ataque surpresa seguiu a ordem do regime para que suas tropas cercassem o edifício e instalassem um “cordão de segurança”.

Na semana pasada, um tribunal penal do pequeño reino do Golfo Pérsico condenou seis manigfestantes a 10 anos de prisão, sob a acusação de “tentativa de assassinato” de agentes da polícia do regime Al-Khalifa.

O levante no país foi intenso a partir de fevereiro de 2011. No princípio, os manifestantes reivindicavam reformas políticas para a institucionalização de uma monarquia constitucional, demanda que se tornou uma exigência pelo afastamento da família Khalifa do poder, após a brutal repressão contra os protestos populares.

Dezenas de pessoas perderam a vida, muitas como consequência de torturas sofridas nas mãos das forças de segurança, e milhares foram detidas, desde o início dos protestos no país árabe.

Com informações da HispanTV,
Da redação do Vermelho