Costa Rica: Indígenas denunciam abuso de militares dos EUA

A Associação para o Desenvolvimento do território indígena Talamanca Bribri, na Costa Rica, denunciou que pela segunda vez este ano militares estadunidenses chegaram na comunidade de Alto Coen e causaram medo entre os moradores.

O incidente ocorreu na terça-feira (29). Na ocasião, três helicópteros armados aterrissaram na região causando incerteza e medo entre os moradores da comunidade. O líder indígena de Bribri, Leonardo Buitrago, declarou que a invasão militar "ameaça a segurança dos povos indígenas e sua cultura" e acrescentou que a presença militar se deve às "ações do Comando Sul dos EUA com o apoio do prefeito de Cantão", informação que não foi confirmada oficialmente.

Primeira invasão

Em 30 de junho, um helicóptero chegou a Alto Coen e lá permaneceu até 4 de julho. A aeronave levava oito pessoas que se identificaram como "missões evangélicas" e distribuíram bíblias. No entanto, tais "missionários" usavam uniforme que os identificavam como soldados. Eles carregavam dispositivos tecnológicos normalmente utilizados em levantamento topográficos como detectores de metais, radares, câmeras de GPS e algumas armas e armas de fogo, como contou o líder indígena.

De acordo com Buitrago, os militares contavam com treinamento militar para sobreviver nas montanhas e não tomavam água do rio, a extraiam do bambu. Também não atenderam aos pedidos dos indígenas por orações, como costumam fazer os evangelistas missionários.

Com informações do La Jornada