Luciana convoca debate sobre hip hop como cultura popular
A Comissão de Cultura vai promover audiência pública para debater o Projeto de Lei do ex-deputado Maurício Rands (PT-PE), que declara o movimento Hip Hop manifestação de cultura popular. A deputada Luciana Santos (PCdoB-PE), requerente da audiência, afirma que em todos os estados brasileiros o Movimento Hip Hop é uma expressão cultural forte, organizada e de grande alcance social.
Publicado 01/11/2013 10:40
“O Hip Hop extrapolou a fronteira da música e é composto por dança, grafite, beat box, MC’s, entre outros. É um movimento hegemonicamente de periferia, mas que passou a transitar nas mais diversas classes sociais, praças e escolas, com abrangência nacional”, destaca a parlamentar.
O que antes era considerado por muitos e de forma preconceituosa um “movimento de periferia”, hoje tomou as ruas, as mais diversas classes sociais, as praças e as escolas. Verdadeiros festivais de música e dança, ações de inclusão social nas mais diversas áreas (educação, cultura, saúde, direitos humanos, etc) e tantas outras iniciativas podem ser encontradas pelo país a partir do hip hop.
Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro e tantos outros estados abrigam movimentos de hip hop organizados, abrangentes, muitos com trabalhos sociais louváveis e que merecem maior atenção do poder público, avalia a parlamentar.
E, no intuito de coibir uma conduta preconceituosa com relação ao Hip-Hop é que foi apresentado o projeto de lei institucionalizando o movimento hip hop em todas as esferas governamentais para que seus artistas e entidades possam receber do poder público a mesma
atenção que todas as outras expressões culturais, possam virar pontos de cultura, entrar na grade cultural de municípios e estados, enfim, contribuam, a partir da sua atuação, com a inclusão social e valorização cultural de uma enorme quantidade de pessoas espalhadas pelo país.
Para a audiência, que ainda não tem data definida, foram convidados o escritor e jornalista Toni C; o sociólogo, membro da Nação Hip Hop, professor da Universidade Católica de Brasília e mestrando em Comunicação Contemporânea, Big Richard; o representante da Central Única das Favelas (Cufa), Sergio Ricardo Cavalcante; o compositor, expoente do movimento Mangue Beat, Fred Zero Quatro; o vocalista do Racionais MC’s, Mano Brown; e os rapper Marcelo D2, Flávio Renegado, Emicida, Flora Matos Happing Wood e o rapper e repentista Zé Brown.
Da Redação em Brasília
Com Agência Câmara