ELN saúda acordo de participação política entre governo e as Farc

O Exército de Libertação Nacional (ELN), a segunda maior guerrilheira da Colômbia, saudou o recente acordo de participação política assinado entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc-EP), classificando-o como um "presente de Natal antecipado". Para o governo, acordo deve ser finalizado até 31 de dezembro.

Na última quarta-feira (6), ambas as partes concordam no segundo ponto da mesa de diálogos que inclui a expansão dos direitos e garantias para o exercício da democracia, o pluralismo e a participação política.

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A respeito da mesa de diálogos instalada em Havana, Cuba, o ELN questiona se “o próximo governo, qualquer que seja, cumprirá este acordo como uma política de Estado? Mesmo o presidente Juan Manuel Santos concretizará essas promessas de democracia e se não for assinado o acordo de paz com a guerrilha?".

À espera de iniciar um diálogo com o governo em 14 de outubro, o ELN confirmou que a insurgência que participará das conversas está pronta e reafirmou sua disposição e vontade de paz.

Por sua vez, o vice-presidente da Colômbia, Angelino Garzón reiterou que o governo de Juan Manuel Santos espera que o acordo de paz com as Farc-EP seja concretizado antes do fim do ano.

Durante sua participação na Conferência Interamericana de Ministros do Trabalho, Garzón disse que "o presidente tem uma decisão política de manter o diálogo com a guerrilha das Farc e procurar que antes de 31 de dezembro construamos um acordo de paz".

Garzon também reiterou em sua fala que Santos está disposto a iniciar um diálogo paralelo com o ELN e afirmou que a possibilidade de que o Uruguai seja sede deste processo de paz não está descartada.

Com informações da Telám e da TeleSUR