Inversão de direitos: EUA mantém Guantanamo e critica Cuba

Acredite se quiser, os EUA lamentam presença de Cuba, Rússia e China em Conselho de Direitos Humanos Washington afirma que países escolhidos falharam na hora de demonstrar compromisso na proteção dos direitos humanos. E qual o compromisso dos estadunidenses? O comentário foi realizado após a eleição de 14 novos Estados-membros para integrar o Conselho dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).

"Lamentamos que alguns países escolhidos para o Conselho de Direitos Humanos falharam na hora de demonstrar seu compromisso na promoção e proteção dos direitos humanos", afirmou Jen Psaki, porta-voz do Departamento de Estado norte-americano.

"Quando se criou o Conselho, os Estados-membros prometeram levar em conta os registros de direitos humanos antes de votar num novo membro", acrescentou. Jen respondeu assim aos jornalistas sobre a votação da Assembleia Geral da ONU que aprovou 14 novos membros do CDH, entre eles esses três países, cujo mandato de três anos começará em janeiro de 2014.

Além de China, Rússia e Cuba, também foram escolhidos para o CDH outros 11 países: México, Argélia, Marrocos, África do Sul, Namíbia, Vietnã, Maldivas, Arábia Saudita, Macedônia, França e Reino Unido. No entanto, a funcionária dos EUA afirmou que os Estados Unidos foram capazes de trabalhar anteriormente "com esses países e realizar progressos" e espera poder seguir avançando.

Guantánamo é exemplo de direitos humanos?

Entre as diversas ações arbitrárias dos EUA, está a base militar de Guantánamo, em Cuba, mantida pelo governo estadunidense há anos, que funciona como prisão. O governo de Barack Obama anunciou em maio a intenção de fechar o local. No entanto, até agora permanecem presas 166 pessoas classificados por aquele país como "suspeitas de terrorismo", cuja religião predominante é a muçulmana. Há inúmeras denúncias de maus tratos, tortura e desrespeito à religião da maioria, muçulmana.

A maioria dos detidos ainda não foi julgada, 73 mantêm uma greve de fome em protesto às condições de detenção.

Com agências