Prisões geram reações de revolta entre brasileiros
A prisão dos 12 reús na Ação Penal 470, em meio ao feriado da Proclamação da República, 15 de novembro, gerou comentários e também muita revolta, pois a condenação foi fruto de conspirações e da pressão da grande mídia. A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) foi e ainda está sendo um dos assuntos mais comentados, principalmente nas redes sociais.
Publicado 21/11/2013 13:03
Em página no Facebook o movimento "Quero que o STF julgue o Mensalão Tucano” está convocando uma manifestação para esta sexta-feira (22), no vão livre do Masp, em São Paulo, com o intuito de pressionar para que STF adote a mesma linha de raciocínio do processo da Ação Penal 470 para julgar o "mensalão "do PSDB em Minas Gerais.
O mensalão tucano, anterior ao caso do PT, consiste no desvio de recursos públicos para a campanha de reeleição a governador de Eduardo Azeredo em 1998 e a compra de votos no Congresso para aprovar a emenda que possibilitou a reeleição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Na página do Facebook, o movimento, além de exigir o julgamento do mensalão tucano, que pode prescrever caso não seja julgado logo, também questiona a atitude do presidente do STF, Joaquim Barbosa e faz denúncias sobre sua conduta pública.
O mensalão mineiro está parado na Corte desde dezembro de 2009, quando foi aceita a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). Foram 11 anos entre o suposto esquema e o recebimento da denúncia no Supremo. Conforme alguns especialistas em Direito Penal ouvidos pelo iG, se a pena base de Azeredo for de no máximo quatro anos, caso ele seja condenado, se livrará da prisão por conta da prescrição dos crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
Em transcrição de várias matérias publicadas na mídia e sites, o ministro Joaquim Barbosa é acusado de ter interesse político junto ao PSDB. O presidente do STF é amigo pessoal do senador e provável candidato à Presidência da República dos tucanos, Aécio Neves (MG).
“A afinidade entre o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, e o senador Aécio Neves (PMDB-MG) pode resultar em uma relação bem maior do que uma simples amizade entre os dois. Conforme interlocutores de ambos, Aécio sonha em ‘contar com a colaboração de Barbosa’ quer seja como ministro em eventual governo tucano ou mesmo candidato a vice-presidente na disputa do PSDB ao comando do Planalto”, diz matéria publicada no iG.
A matéria diz ainda que “o tucanato, oficialmente, nega qualquer tentativa de aproximação ou namoro entre os dois para levar o nome de Barbosa a uma candidatura a vice de Aécio. Mas nos últimos dois meses, conforme os próprios tucanos, os encontros entre Aécio e Barbosa têm sido cada vez mais frequentes em jantares e eventos sociais em Brasília”.
Da Redação em Brasília