Makota Valdina lança autobiografia em Salvador
A líder religiosa Makota Valdina de Oliveira Pinto, do Terreiro Tanuri Junsara, em Salvador, vai lançar, na próxima terça-feira (26/11), um livro autobiográfico, que foi batizado de “Meu caminhar, meu viver”. O evento de lançamento acontece no Forte da Capoeira, no Largo de Santo Antônio, Centro Histórico da capital baiana às 18h.
Publicado 22/11/2013 11:11 | Editado 04/03/2020 16:16
O evento faz parte da programação da Bahia para o mês da Consciência Negra, quando se celebra o Novembro Negro, e tem o apoio da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Estado da Bahia (Sepromi) e da Secretaria Estadual de Políticas para Mulheres (SPM).
Para Elias Sampaio, secretário da Sepromi, o livro representa um importante marco na história da Bahia e do Brasil e será mais um aliado na luta pela promoção da igualdade racial. O material deverá colaborar, segundo ele, com a inclusão nas escolas do país do ensino da história da África e da cultura afro-brasileira, conforme previsto pela Lei 10.639/2003.
Na publicação, Valdina Pinto, de 69 anos, conta sua história, desde a infância vivida no bairro do Engenho Velho da Federação – o mesmo onde está instalado o terreiro -, até os dias de hoje, e a constante luta contra o racismo, pela igualdade de direitos e por uma sociedade sem preconceitos.
Segundo a autora, o livro era uma cobrança antiga dos amigos e familiares e começou a escrever há dois anos, quando seu irmão completou 70 anos. A decisão de lançar o livro em novembro tem o objetivo de fortalecer o mês da Consciência Negra, no entanto, ela defende que a Consciência Negra deve ser fortalecida todo o tempo.
Além de contar a trajetória de vida e luta de Makota, o livro também é uma forma de mostrar a importância da memória cultural do povo brasileiro e da valorização do ensino da cultura afro-brasileira e africana.
Em um de seus textos, Makota diz que: “É preciso não ter vergonha de suas origens e ir em busca da história que ainda não foi escrita, dos valores que precisam ser resgatados no sentido da construção de um mundo futuro, com justiça, equilíbrio e harmonia em face da suas diversidades étnicas, culturais e sociais; isso tem que começar a partir do lugar em que estamos no mundo”.
Da Redação
*Colaborou Ascom/ Sepromi