Países em desenvolvimento exigem ação ante mudança climática

Os países em desenvolvimento reiteraram hoje na Cúpula da ONU sobre Mudança Climática que as nações industrializadas devem assumir a liderança na mitigação dos efeitos do clima e brindar financiamento e tecnologia adequada.

A vice-chanceler da Venezuela, Claudia Salerno, em nome do grupo de países em desenvolvimento com ideias afins, repudiou o ataque da dinamarquesa Connie Hedegaard, comissária europeia da Ação pelo Clima.

Salerno acusou à União Europeia de atingir seriamente o ambiente das negociações que se tratam de levar a cabo na conferência de Varsóvia.

Hedegaard, tinha acusado os países em desenvolvimento de bloquear o processo das negociações na conferência mundial sobre Mudança Climática, que deve culminar nesta sexta-feira na capital polonesa.

Em resposta, Salerno disse à imprensa que este grupo defende a equidade diante da investida contra o patrimônio por muitos das nações industrializadas.

"O selo distintivo da equidade é que os países desenvolvidos têm que assumir a liderança na mitigação e proporcionar financiamento e tecnologia adequada", defendeu.

Advertiu que alguns desses países violou seu compromisso ao se retirar do segundo período do Protocolo de Kyoto e um deles (Japão) deu marcha atrás a sua promessa de diminuir em 25 por cento as emissões de gases contaminantes, e anunciou que o fará em só um três por cento.

Ao referir ao tema do financiamento disse que não teve nenhum progresso, e recordou que o Fundo Verde para o Clima ainda não se tem capitalizado.

Quanto à transferência de tecnologia, agregou que se avançou pouco em Varsóvia. No parágrafo de perda ou danos ainda se luta pela criação de um mecanismo, algo que se deveria ter feito facilmente, comentou.

Apontou que os países em desenvolvimento fazem sérios esforços na mitigação dos efeitos adversos da Mudança Climática, e a maneira de exemplo recordou que um estudo do Instituto Ambiental de Estocolmo mostra que os planos de mitigação das nações do Sul têm maiores resultados que os dos países desenvolvidos.

Fonte: Prensa Latina