África e companhias globais discutem desenvolvimento petrolífero

A 20ª Semana do Petróleo na África começou nesta segunda-feira (25), na Cidade do Cabo, África do Sul, com mais de 300 delegados de 30 países, para avaliar as potencialidades da extração de petróleo em diferentes regiões do continente.

Petróleo na África - Pius Utomi Ekpei/AFP

De acordo com funcionários do comitê organizador da conferência internacional, o objetivo da reunião é a análise das perspectivas e oportunidades petrolíferas no Delta do Níger Ocidental, nas planícies de Angola e em terrenos de exploração de fronteira na Namíbia.

Além disso, outros focos de interesse a serem avaliados estão na África Oriental, principalmente em Moçambique, Quênia e Tanzânia.

Na conferência, 100 especialistas e representantes de grandes corporações falarão sobre as perspectivas de produção petrolífera. Isso demonstra que o evento é o principal fórum de exploração e desenvolvimento do setor energético (de petróleo e gás) na África, de acordo com o grupo patrocinador Global Pacific & Partners (GPP).

Especialistas da Nigéria, Angola, Gabão, Quênia, Congo, Namíbia, África do Sul, Madagascar, Uguanda e Burundi e outras nações centram-se na abordagem de novas descobertas petrolíferas, desenvolvimento de empresas emergentes e prospecções sobre o gás no continente.

Desta segunda até sexta-feira (29) também é realizada a Conferência África Upstream (Rio Acima), reunião que revisará a cadeia de exploração, desenvolvimento e produção petrolífera, estratégias corporativas e participação de estados estrangeiros.

“Este conjunto único de percepções não tem precedentes, e atrai todos os anos uma audiência de alto nível de executivos empresariais e autoridades governamentais”, comentou Duncan Clarke, gerente geral da GPP.

Para a Semana do Petróleo na África confirmaram presença delegados de importantes companhias como Total, Africa Petroleum, ExxonMobil, British Petroleum, Chevron, Shell, Warburg Pincus, Heritage Oil, Sapetro, Petroceltic, PetroSA, e Valco Energy.

A conferência paralela inclui 66 empresas de todo o mundo, e prevê também seminários sobre questões sociais como os jovens profissionais do setor petrolífero, de gás e energia; tecnologias de exploração emergentes, e a participação das mulheres no setor.

Entretanto, a participação das grandes corporações estrangeiras e os impactos que o desenvolvimento do setor trará aos povos africanos ainda estão sobre a mesa, com conflitos e tensões fundamentais ainda intensos ligadas à perspectiva de apropriação desses recursos e distribuição dos seus benefícios.

Com Prensa Latina,
Da redação do Vermelho