Deputado registra condenação de ruralista por assassinato 

O deputado Valmir Assunção (PT-BA) registrou em discurso no Plenário da Câmara, nesta terça-feira (26), a condenação do ruralista Marcos Prochet a 15 anos e nove meses de prisão por homicídio duplamente qualificado pelo assassinato do agricultor sem terra Sebastião Camargo durante um despejo ilegal, na cidade de Marilena, no Paraná, em 1998.

O julgamento do ex-presidente da União Democrática Ruralista (UDR), por júri popular, foi encerrado na última sexta-feira (22) no Tribunal do Júri de Curitiba.

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“O crime compõe o cenário de grande violência no campo vivido no período do governo Jaime Lerner, no Paraná, onde aproximadamente 16 trabalhadores sem-terra foram assassinados”, disse Valmir Assunção.

Marcos Prochet é o terceiro condenado pelo assassinato do agricultor Sebastião Camargo. Em 2012, duas pessoas foram condenadas por participação no crime: Teissin Tina, ex-proprietário da fazenda Boa Sorte, onde o agricultor foi morto, foi condenado a seis anos de prisão por homicídio simples; e Osnir Sanches, condenado a 13 anos de prisão por homicídio qualificado e constituição de empresa de segurança privada, utilizada para recrutar jagunços e executar despejos ilegais.

Ainda de acordo com o deputado Valmir Assunção, em julho deste ano, o Ministério Público do Paraná também denunciou por suspeita de participação no crime o ruralista Tarcísio Barbosa de Souza, ex-tesoureiro da União Democrática Ruralista (UDR) e ex-vereador em Paranavaí pelo partido Democratas (DEM).

“Isso revela a necessidade de tornar ágil o processo de reforma agrária, de forma a se estabelecer a paz no campo, onde milhares de trabalhadores sem terras possam dispor, através da desapropriação de áreas improdutivas, de estruturas para produzir e se sustentarem com dignidade”, finalizou.

Da Redação em Brasília
Com PT na Câmara