Coreias detalham reabertura do complexo industrial conjunto

Representantes da República Democrática Popular da Coreia (RPDC, do norte) e da República da Coreia (do sul) iniciaram conversações nesta sexta-feira (29), no complexo industrial de Kaesong, para abordar temas referentes às viagens, comunicações e aduana, no contexto das tentativas de aproximação intercoreana.

Coreias reabrirão complexo industrial - Ministério de Reunificação da Coreia do Sul

Um comunicado do Ministério sul-coreano de Unificação divulgado pela agência chinesa de notícias Xinhua especificou informações sobre as deliberações em um subcomitê bilateral, que aborda esses assuntos.

As conversações atualmente focam na introdução de um sistema eletrônico para o controle das passagens de empresários desde e para o parque industrial conjunto, em território norte-coreano. O sistema, de acordo com as fontes, utilizará tecnologia de identificação por radiofrequência.

Também está sendo abordado o tema da utilização de telefones móveis dem Kaesong e a conectividade à internet na zona, que fica próxima ao Paralelo 38, linha divisória da península coreana, estabelecida no fim da Guerra da Coreia (1950-1953), com papel direto dos Estados Unidos.

Porta-vozes de Seul (Coreia do Sul) afirmaram que o governo deseja que ainda este ano o sistema de passagem do pessoal e a conexão à internet estejam prontos.

Outros subcomitês bilaterais reuniram-se de 12 a 14 de novembro e trataram da proteção dos investimentos, a internacionalização do complexo industrial de Kaesong e as regulações para permanências nesta área, onde estão cerca de 120 indústrias sul-coreanas e em que trabalham 53 mil norte-coreanos.

O completo permaneceu fechado por cinco meses e foi reaberto em 20 de setembro, quando ambas as Coreias decidiram retomar as operações após um período de tensões e acusações mútuas que levou ao encerramento. Este é o único projeto conjunto da Coreia Popular e da Coreia do Sul.

As tensões, de caráter militar, foram impulsionadas com a realização de exercícios militares conjuntos entre Coreia do Sul e Estados Unidos no mar territorial da península coreana, o que a RPDC interpretou como um movimento de agressão e de ameaça, devido ao histórico de intervenção estadunidense. Em reação, realizou testes nucleares e balísticos, que o Ocidente usa para justificar uma política de intimidação e um afastamento diplomático, comprometendo os esforços de reaproximação intercoreana.

Com informações da Prensa Latina