Reunião de famílias coreanas pode melhorar relações bilaterais

Cinco dias depois de o líder da República Popular Democrática da Coreia (RPDC), Kim Jong-un, ter voltado a convocar a Coreia do Sul para a melhoria das relações bilaterais, a presidenta sul-coreana, Park Geun-hye, faz o mesmo apelo. Nesta segunda-feira (6), ela propôs que os dois países retomem os reencontros entre as famílias separadas desde a Guerra da Coreia, um programa humanitário bilateral que foi suspenso, devido ao intensificar das tensões.

Arco da Reunificação - RPDC

Por ocasião do Dia do Ano Novo, na semana passada, em um discurso televisionado, Kim disse que “a Coreia do Norte e a do Sul devem criar o ambiente para melhorar suas relações”. O governo da RPDC vem instando o sul-coreano à reaproximação frequentemente, apesar das manobras e aliança militar com os Estados Unidos, histórico fator da desestabilização na península.

“Já é tempo de terminarmos com essas calúnias inúteis; o Norte e o Sul não deveriam mais fazer coisas que prejudiquem a reconciliação e a harmonia,” disse o presidente norte-coreano, na capital, Pyongyang.

Desde a Guerra da Coreia (1950-1953), quando a península foi dividida, o envolvimento dos EUA na região é focado no afastamento e na antagonização dos dois lados.

Para Kim, os exercícios militares conjuntos entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos, repetidos em 2013, “criam uma situação em que uma ninharia de desavença militar pode se esparramar em uma guerra total. Se houver outra guerra nesta terra, ela trará a catástrofe nuclear, e os Estados Unidos também não escaparão.”

Embora a mídia estadunidense tenha reproduzido essas declarações em meio à contabilização dos mísseis e testes militares realizados pela Coreia Popular – como “ameaças” de guerra –, o governo de Kim continua convocando a Coreia do Sul à reaproximação, para evitar as atividades que considera provocativas e agressivas, em conjunto com os EUA.

Apesar das acusações contra a Coreia Popular e do condicionamento do envio de ajuda humanitária à “desnuclearização”, a presidenta da Coreia do Sul disse esperar, durante uma coletiva de imprensa nesta segunda, que “a Coreia do Norte crie uma nova oportunidade para as relações sul-norte e uma base de diálogo, ao tomar o primeiro bom passo para as reuniões familiares.”

Park Geun-hye, uma conservadora, disse que faria também dois gestos de conciliação, com o aumento da ajuda enviada ao norte, e a permissão e grupos civis sul-coreanos que cooperam com agricultores do país. Entretanto, não há previsões para uma reunião bilateral entre os dois líderes.

Da redação do Vermelho,
Com informações do The New York Times