Desfile de modelos “cheinhas” chama atenção para o preconceito 

O preconceito contra as mulheres com sobrepeso, a despeito de maior conscientização nos últimos anos – tem levado a um aumento significativo de problemas psicológicos, mentais e físicos. Estigmatização que também pode ter como consequência a reclusão social, a depressão e até o suicídio. E foram estes os muitos problemas relatados por modelos plus size à coordenadora da Banca Feminina, deputada Jô Moraes (PCdoB-MG), logo após um desfile que fizeram semana passada na Câmara dos Deputados. 

Desfile de modelos “cheinhas” chama atenção para o preconceito

O desfile integra a programação da campanha 16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência contra a Mulher. Jô Moraes destacou o propósito do evento, que é questionar os padrões de beleza socialmente construídos e atentou para a importância de a pessoa aceitar-se de forma incondicional e aceitar as diferenças.

“Não somos frutos de uma linha de produção homogeneizada; somos diferentes. Temos diferenças, algumas sutis, outras exacerbadas. O importante é cada um procurar se conhecer, saber de suas potencialidades e limitações, respeitar-se; reconhecer qualidades nos outros e contribuir para uma cultura de paz e harmonia”, destacou.

Jô Moraes também alertou para a necessidade de os pais ficarem atentos ao comportamento dos filhos para evitar danos principalmente na infância, adolescência e juventude quando o bullying pode ter resultado catastrófico.

“É preciso não só educar os filhos para o respeito às diferenças quanto denunciar e barrar violências físicas e psicológicas em razão das diferenças. Violência é crime, e enquanto tal precisa ser denunciado e combatido,” defendeu.

Enquanto o Comitê Brasileiro de Normatização Têxtil e Vestuário estuda e pesquisa para definir o padrão ‘plus size’ – das pessoas mais cheinhas, que não cabem em roupas 34 e 36 – os manequins das modelos de fama internacional – o mercado GG (acima da grade de numeração 46) fatura alto no País, mais de R$5 bilhões só em 2011, e tem um crescimento de 6% ao ano, segundo dados da Associação Brasileira do Vestuário.

Da Redação em Brasília
Com informações da Ass. Dep. Jô Moraes