Mortalidade infantil cai em 2012 no Brasil
A taxa de mortalidade infantil no país caiu de 16,1 por mil nascidos vivos em 2011 para 15,7 para mil nascidos. O dado foi divulgado nesta segunda-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em sua Tábua Completa de Mortalidade para o Brasil de 2012.
Publicado 02/12/2013 12:28
Segundo o IBGE, a taxa caiu tanto entre homens quanto entre mulheres. A taxa de mortalidade de bebês do sexo masculino caiu de 17,6 para 17 por mil, enquanto entre as crianças do sexo feminino a taxa passou de 14,6 para 14,3 por mil. O indicador vem melhorando ano após ano. Em 1980, por exemplo, a taxa era de 69,1 por mil. Caiu para 45,1 em 1991 e 30,5 em 2000, chegando a 16,7 em 2010.
“Melhoraram os [indicadores] condicionantes da mortalidade infantil, entre eles a melhoria nas condições sanitárias, como o saneamento básico. O Censo de 2010 mostra que aumentou a proporção de domicílios com saneamento adequado. Outros fatores importantes são o aumento da escolaridade feminina, o aumento da renda e programas como a melhoria da qualidade do atendimento pré-natal e o incentivo ao aleitamento materno”, afirma o pesquisador do IBGE, Fernando Albuquerque.
Ainda segundo a Tábua da Mortalidade, diminuiu também a mortalidade feminina dentro do período fértil (de 15 a 49 anos de idade). Se em 2011, para cada 100 mil mulheres nascidas vivas, 98.038 iniciariam o período e 93.410 o completariam, em 2012 os números aumentaram para 98.105 alcançariam os 15 anos e 93.568 chegariam ao final do período.
Expectativa de vida
A expectativa de vida ao nascer no Brasil chegou a 74,6 anos em 2012, segundo dados divulgados hoje (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a Tábua Completa de Mortalidade para o Brasil de 2012, entre 2011 e 2012, os brasileiros tiveram ganho de 5 meses e 12 dias na expectativa de vida ao nascer. O número passou de 74,1 anos em 2011 para 74,6 anos no ano seguinte.
As mulheres tiveram maior ganho: 6 meses e 25 dias, chegando a 78,3 anos em 2012. Já a expectativa entre os homens subiu 4 meses e 10 dias, alcançando 71 anos.
Em uma análise retrospectiva, os dados mostram que na comparação com 1980, a população brasileira teve ganho médio de 12,1 anos já que, à época, a esperança de vida era 62,5. Duas décadas depois, em 2000, os números mostram ganho de 4,2 anos. Segundo o pesquisador do IBGE Fernando Albuquerque a tendência é que a expectativa de vida continue a crescer.
“Os índices de mortalidade da população brasileira ainda são distantes de países mais desenvolvidos. Por isso, ainda vamos continuar aumentando a expectativa de vida. O Brasil ainda tem 'gordura' para queimar em termos de mortalidade. Além disso, a expectativa é que, com programas governamentais e não governamentais de melhoria do saneamento, transferência de renda e acesso a medicamentos, a mortalidade continue a cair”, disse.
A variação da expectativa de vida muda conforme a faixa etária do brasileiro. Para um brasileiro de 40 anos, por exemplo, a estimativa é que ele viva até os 78,3 anos. Para pessoas acima de 80 anos, a expectativa é que elas vivam mais 9,1 anos. A tábua completa com dados da mortalidade no Brasil foi publicada no Diário Oficial de hoje.
Fonte: Agência Brasil