Deputado manifesta-se contra processo na Câmara sobre Genoíno

O deputado André Vargas (PT-PR), 1º vice-presidente da Câmara, ocupou a tribuna da Câmara nesta segunda-feira (3) para falar sobre a reunião da Mesa Diretora da Casa, marcada para esta terça-feira (4), para decidir sobre a possibilidade de abertura de processo de cassação do deputado licenciado José Genoino (PT-SP). André Vargas se manifestou contra a abertura do processo.

“Vamos apresentar aquilo que já estamos defendendo publicamente, sem nenhum constrangimento. Aliás, alguns da imprensa diziam que era uma manobra do PT. Não é uma manobra do partido; é a defesa de um parlamentar do PT que hoje ocupa a vice-presidência da Mesa”, disse Vargas, enfatizando que “defendo que enquanto esse (José Genoíno) ou qualquer parlamentar estiver licenciado — aliás, a licença ocorreu antes do pedido de prisão —, não deveríamos instaurar esse procedimento”.

O deputado defendeu o período de licença de invalidez provisória. “Se ela não se verificar mais, que se abra o processo. Se ela se verificar, que se aposente. Ninguém aqui quer atropelar os pareceres médicos. Que eles se façam com a clareza e independência própria da nossa legislação vigente”, disse André Vargas.

Ele lembrou que o ex-deputado Roberto Jefferson está sendo avaliado se vai ser preso dessa ou daquela forma. “O deputado Genoíno não teve essa possibilidade. O procurador Janot deu um parecer concedendo 90 dias de prisão domiciliar, pela situação peculiar de Genoíno — aliás, dói para nós quando se fala de prisão do deputado Genoíno, não é só para o PT, para os democratas deste País”.

“Então, não se trata de um debate político partidário entre oposição e situação, trata-se de uma questão de humanidade, de direitos humanos”, ressaltou André Vargas.

Da Redação em Brasília
Com PT na Câmara