China atrai a atenção do mundo em crise com reformas estruturais
Um quadro geral para o crescimento futuro elaborado durante uma plenária-chave do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh) resultou em uma fase maior de reformas abrangentes e mais profundas da segunda maior economia mundial, afirma a agência de notícias chinesa Xinhua, nesta quinta-feira (5).
Publicado 05/12/2013 11:05
Desde o início de 2013, a economia da China e suas políticas têm estado sob o foco global. Instituições estrangeiras e especialistas estão acompanhando a situação de perto durante todo o ano.
Uma pesquisa recente do banco HSBC mostrou que o Índice Composto de Gestores de Compras da China (PMI, na sigla em inglês), que cobre tanto o setor de manufatura quanto o de serviços, aumentou para 52,3 em novembro, em comparação com 51,8 em outubro, a expansão mais forte em oito meses.
Agências de avaliação como a Standard & Poor’s também emitiram um relatório sobre a economia chinesa, prevendo mudanças econômicas futuras depois da terceira Sessão Plenária do 18º Comitê Central do PCCh, no início de novembro.
Desenvolvimentos políticos e econômicos nos próximos dois ou três anos devem manter a atual nota de crédito da China em AA- sobre a sua dívida soberana de longo-prazo, enquanto as reformas econômicas estruturais poderiam reduzir os riscos do setor financeiro, de acordo com a agência, citada pela Xinhua.
“Em um mundo altamente integrado, as tendências econômicas da China no próximo ano irá, inevitavelmente, chamar a atenção mundial”, afirma a agência de notícias. Analistas ressaltam o papel do país em um contexto mundial de envelhecimento populacional e de crise global do capitalismo, que exigem a reconstrução de modelos de desenvolvimento.
De acordo com uma declaração emitida depois de uma reunião do Birô Político do PCCh, presidido pelo secretário-geral do Comitê Central do partido, Xi Jinping, no início da semana, a China vai continuar a manter a consistência e a estabilidade em suas políticas de controle macro no próximo ano.
Durante a reunião, os líderes chineses ressaltaram o papel da reforma no planejamento do crescimento econômico para 2014, às vésperas de uma reunião econômica central, ainda em dezembro.
Segundo a declaração, o país prepara um crescimento estável e contínuo para o próximo ano, e impulsionará reformas em todas as áreas da economia e da sociedade, acelerando a reestruturação econômica e de desenvolvimento da infraestrutura dos serviços públicos.
As próprias autoridades chinesas reconhecem desafios enormes ao processo. Exemplos são o envelhecimento da população, a insegurança sobre a urbanização, aumento de dívidas pessoais, desenvolvimento ainda desequilibrado, proteção ambiental e combate à corrupção, todos já previstos por medidas que o governo vem implementando, no âmibito de reformas que já estão acontecendo.
Com Xinhua,
Moara Crivelente, da redação do Vermelho