Filme sobre Mandela emociona África do Sul
Mandela: Longa Caminhada até a Liberdade recebeu elogios do público sul-africano, que correram para ver sua estreia
Publicado 06/12/2013 16:47

O filme recebeu elogios dos sul-africanos que correram para ver sua estreia, embora os críticos tenham torcido o nariz para ele. Com o primeiro-presidente sul-africano (falecido aos 95 anos de idade nesta quinta-feira, 5), os espectadores se sentiram emocionados na primeira exibição do épico de 150 minutos, que tem o ator britânico Idris Elba no papel de Mandela e Naomie Harris como sua mulher, Winnie Madikizela-Mandela.
"Foi uma experiência extremamente calorosa e emotiva para mim", disse Seedat Tahera, de 42 anos, elogiando o clima autêntico do filme, rodado parcialmente em Soweto, a enorme favela na periferia de Johannesburgo que esteve no centro da luta contra o domínio dos brancos no país.
"Eu cresci nas ruas da favela de Alexandra e, para mim, cada passo dado pelo senhor Mandela era como se eu estivesse dando aquele passo de novo. Isso me trouxe uma grande tranquilidade e paz. Eu me sinto muito amada e feliz por ser sul-africana."
Mandela, que se tornou presidente em 1994 deu ao produtor independente sul-africano Anant Singh os direitos de filmagem de sua autobiografia há mais de 15 anos. Boa parte da dificuldade para realizar o filme decorreu da condensação, em um roteiro de duas horas, de uma história de luta que durou seis décadas, incluindo 27 anos de prisão.
Singh e o diretor britânico Justin Chadwick decidiram focar na luta de Mandela contra o apartheid e os danos que causou à sua família. Eles também tentaram mostrar o lado bom e o ruim, incluindo a opção pela luta armada, que levou-o a ser condenado à pena de prisão perpétua.
O jornal de Soweto elogiou a poderosa interpretação dos atores. "Encaixar uma história tão longa e repleta de eventos em um filme de duas horas sempre seria uma tarefa gigantesca", disse o jornal.
A família de Mandela e o CNA, o movimento de libertação criado há 100 anos e que governa a África do Sul desde o fim do apartheid, aplaudiram o filme.
Com informações do portal 247, a partir de reportagem de Ed Cropley e Shafiek Tassiem