Ancine destaca crescimento do audiovisual no Brasil 

A diretora da Ancine, Rosana Alcântara, participou no último dia 4 dezembro, em São Paulo, do 27º Seminário Internacional ABDTIC, promovido pela Associação Brasileira de Direito de Tecnologia da Informação e das Comunicações e dedicado ao debate jurídico sobre telecomunicações, comunicações, internet e TI. 

Segundo dados apresentados por Rosana no evento, o cenário atual, desde a entrada em vigor da Lei 12.485, a Lei da TV Paga, é de crescimento do mercado audiovisual brasileiro, refletido no aquecimento da produção, no aumento exponencial do conteúdo audiovisual brasileiro veiculado na TV paga em relação a 2011 e 2012 – incluindo o aumento do número de obras seriadas registradas na agência – e no incremento da taxa de ocupação de empregos, das receitas e dos salários do setor.

A maneira de consumir esse conteúdo também tem mudado: hoje, os serviços não-lineares de distribuição de vídeo sob demanda representam 17% do faturamento das operadoras de TV por Assinatura, e a estimativa é a de que até 2017, representem 35%.

A nova lei da TV por assinatura tem causado o resultado esperado pelo senador Walter Pinheiro (PT-BA). Ele contribuiu com o projeto desde a Câmara dos Deputados e foi seu relator no Senado. A lei obriga a exibição de três horas e meia de programação nacional em horário nobre na grade dos canais.

Em apenas quatro meses de vigência, a exibição de conteúdo nacional dobrou em relação ao ano anterior. Para Pinheiro, foi uma revolução positiva no setor audiovisual. “Com a demanda por conteúdo nacional, aumentou a produção e oferta de emprego do ramo. Além disso, caiu o preço da TV por assinatura porque permitiu a entrada de mais concorrência, incluindo a oferta do serviço por empresas de telefonia”, explica o senador.

Para Rosana, o mercado de vídeo por demanda (VOD) apresenta um enorme potencial de exploração de novos arranjos na cadeia de exibição e possibilidades de monetização do conteúdo – e o papel da Ancine é estimular o desenvolvimento deste mercado e a exploração desse potencial pela produção brasileira, na forma do marco regulatório. Segundo Rosana, os cerca de 25 serviços de VOD em atividade no Brasil atualmente já são responsáveis pela circulação de um conjunto significativo de obras audiovisuais no país. 

Fonte: Ancine