Em reunião de presidentes, Rússia e Ucrânia aumentam cooperação

Depois do encontro, foi informado que o consórcio russo Gazprom e a empresa ucraniana Naftogaz assinaram acordos aditivos ao contrato para a compra e venda do hidrocarburante e seu transporte até 2019, e estabelecendo que seu preço se reduzirá de 400 dólares para 268 por cada mil metros cúbicos.

Outros acordos bilaterais de colaboração foram selados na ocasião da visita de Yanukóvich, entre os quais se inclui uma nova regulamentação comercial e de produção dos aviões AN-124, segundo o Kremlin.

Ao intervir na reunião da Comissão Interestatal Russo-Ucraniana, Pútin defendeu que Moscou poderia utilizar as capacidades de defesa da república ex-soviética vizinha para as necessidades de suas Forças Armadas, inclusive para reparações.

Podemos utilizar esta possibilidade baseando-nos na convergência dos dois países na economia e na esfera política, sublinhou o mandatário.

Pútin considerou que as empresas russas estão investindo de maneira ativa nos setores básicos da economia da Ucrânia, incluídos os setores energético, químico, metalúrgico e de engenharia mecânica.

O presidente russo mencionou outros projetos conjuntos relativos ao uso pacífico da energia nuclear, aviação, produção de motores e meios de transporte, agricultura, indústria espacial e cooperação inter-regional.

Yanukóvich, por sua parte, comentou que a reunião confirmou que a cooperação bilateral tem uma base forte e maiores perspectivas de desenvolvimento posterior.

Os meios de comunicação russos coincidem em assinalar que ambas as partes estão interessadas em restaurar o volume de comércio bilateral, muito deteriorado desde 2012.

Naquele ano o montante das trocas comerciais diminuiu em 45 bilhões de dólares, tendência que se agravou nos 10 primeiros meses do ano em curso.

As autoridades ucranianas informaram em novembro que até agora as perdas nas relações mercantis com os países da Comunidade de Estados Independentes e em particular com a Rússia, eram de 15 bilhões de dólares, o equivalente a 25 por cento.

Prensa Latina