Camboja mantém disposição de diálogo com oposição

O premiê de Camboja, Hun Sen, mantém a disposição de seu governo de iniciar conversas com o principal partido de oposição em torno de uma reforma eleitoral, após vários dias de manifestações em Phnom Penh, capital do país.

Segundo esclareceu o titular de Informação, Khieu Kanharith, as negociações se cingirão a essas mudanças futuras no sistema de votação, com o que descartou uma nova exigência do líder do Partido do Resgate Nacional (PRNC) de incluir na agenda os salários dos trabalhadores.

Rainsy suspendeu temporariamente os protestos por causa do do fim de ano e indicou que estava pronto para essas conversas no início, mas aproveitou recentes movimentos grevistas nas fábricas de confecções para somar a suas discrepâncias com o governante Partido do Povo (PPC).

Desde 25 de dezembro operários do setor foram-se ao desemprego, aparentemente insatisfeitos com um aumento salarial decretado pelo Executivo do equivalente a US$ 80 mensais a US$ 95, e que seis sindicatos estimam que devem crescer para 160 a partir de 2014.

A Associação de Fabricantes de Roupa declarou que a ação é ilegal, e que causou danos materiais nas fábricas, e obstruiu o tráfico e o transportes, o que trouxe como consequência que se descumprirem embarques programados de produtos para a exportação.

A entidade patronal instou o Ministério de Trabalho e aos sindicatos a garantir a segurança dos trabalhadores que desejam ir a seus postos e proteger a propriedade das empresas para que possam continuar suas operações.

Cambodja é um dos principais exportadores de confecções no mundo, e nos primeiros 11 meses de 2013 ultrapassou o faturamento do setor na Europa e nos Estados Unidos em US$ 5 bilhões.

O PPC reiterou na semana passada que se mantém aberto às discussões com a oposição apesar de sua falta de vontade.

Fonte: Prensa Latina