Uigures detidos em Guantânamo devem ser transferidos à China

O porta-voz da Chancelaria chinesa Qin Gang exigiu, nesta quinta-feira (2), que os Estados Unidos transfiram os cidadãos chineses presos no complexo militar de Guantânamo à China. Ele ressaltou que se opõe firmemente à entrega desses detidos a outro país.

Na terça-feira (31/12), o Departamento de Estado dos EUA havia anunciado que pretende transferir para a Eslováquia os últimos três uigures de cidadania chinesa que estão presos na base militar estadunidense ilegal, em Guantânamo.

Os uigures são um povo de origem turcomana, uma das 56 etnias reconhecidas na China, e vivem principalmente na província de Xinjiang.

Perante a decisão dos EUA, o diplomata chinês reiterou que os três detidos são membros do Movimento Islâmico do Turquestão Oriental, grupo definido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como terrorista, com relações estreitas com a rede Al-Qaeda.

Por isso, eles não apenas ameaçam a segurança nacional da China, como também do país receptor. Qin Gang pediu que a Eslováquia assuma o dever e obrigação internacional e não os abrigue.

Os Estados Unidos vêm sofrendo pressão internacional contra a manutenção ilegal dos detidos em Guantânamo, com a denúncia de práticas de tortura constantes, humilhação e privação dos direitos civis de defesa reconhecidos internacionalmente.

Entretanto, a disputa política no país tem impedido o encerramento da prisão e a transferência apropriada dos presos – ou a sua libertação, já que muitos não foram sequer acusados e julgados. Sua detenção arbitrária, nas condições denunciadas, viola diversas convenções internacionais sobre a guerra e os direitos humanos.

Com informações da Rádio China Internacional,
Da redação do Vermelho