Campanha reúne doações para ajudar pagar multa de Genoino

Além de ter sido condenado a seis anos e 11 meses de prisão no julgamento da Ação Penal 470, o ex-deputado José Genoino terá de pagar uma multa fixada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em R$ 468 mil. Como a família do ex-presidente do PT diz que ele não tem como pagar, um grupo de companheiros se mobilizou para fazer uma “vaquinha”.

Miruna Genoino. Foto: Divulgação/Facebook

Estampando uma foto 3×4 de Genoino, o site pede contribuições “para que José Genoíno pague a multa imposta pelo STF na AP 470”, e repete: “Deixe a sua contribuição para que José Genoíno pague a multa da Ação Penal 470, no valor de R$ 468 mil, e não precise vender a sua casa”.

Segundo o site, é possível contribuir por meio de transferência bancária, por cartão de crédito ou por boleto bancário. A página traz ainda uma declaração de Miruna, filha de Genoino, dizendo que a família não tem tanto dinheiro e que até o carro do ex-deputado já foi vendido.

“Tenho certeza de que todos aqui sabem perfeitamente que eu e minha família não temos como pagar 468 mil reais. A duras, duríssimas penas, estou pagando parcelado um apartamento que vale muito menos do que isso. Meus pais moram onde moram, como muitos de vocês também sabem. O carro que meu pai tinha, um logan de 2008, foi vendido para podermos ajustar nossas finanças depois da prisão. O que vão fazer conosco? Vão tomar a nossa casa?”, indaga Miruna.

O advogado do ex-deputado José Genoino (PT), Luiz Fernando Pacheco, classificou nesta segunda-feira (6), de "desproporcional" e "injusta" a multa aplicada a seu cliente.
Caso o ex-parlamentar não efetue o pagamento da multa, recebida por sua condenação na ação, o débito será inscrito na dívida ativa da União. Segundo Pacheco, o montante é desproporcional.

“O STF (Supremo Tribunal Federal) conhece a declaração de Imposto de Renda dele [Genoino] e jamais poderia impor valor tão alto a uma pessoa que, além de uma casinha em bairro popular, comprada há 30 anos pelo sistema BNH, nada mais tem de patrimônio”.
Pacheco informou ainda que seu cliente não tem os recursos necessários para pagar a multa e que providências estão sendo estudadas.“É mais uma grande injustiça neste julgamento marcado por várias injustiças”, disse ele.

Com agências e O Globo