Sicsú: Juros altos e superávit primário brecam desenvolvimento

"A mensagem para 2014 é de que este deve ser um ano que equilibre as contas com as necessidades sociais. Para tanto, é necessário reduzir juros, para que realizemos um superávit primário cada vez menor e assim tenhamos maior espaço para ampliar o investimento", afirmou João Sicsú, economista e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em sua coluna semanal na Rádio Vermelho.

Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo

Mesmo avaliando que parte do montante destinado ao superávit primário poderia ser investido em serviços essenciais à população e infraestrutura do país, o economista ponderou que cumprir a meta é importante para reafirmar o compromisso do governo com as contas públicas organizadas, caminho para alcançar taxas de juros mais baixas.

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E mais, Sicsú destaca que "esses R$ 75 bilhões representam um valor elevado quando olhamos para as necessidades da saúde, educação e programas sociais do governo. Esse setores precisam de bilhões em recursos e esses recursos estão compondo o superávit".

De acordo com o especialista, para diminuir o duto por onde passam os recursos drenados para o superávit "é preciso empreender, em 2014, um nova onda pela redução da taxa dos juros. Só assim poderemos ter espaço para um superávit menor e, consequentemente, destinar mais recursos para setores estratégicos que fomentem o desenvolvimento do país", alertou Sicsú.

Ouça a íntegra da reflexão na Rádio Vermelho: