Irã discute implementação do acordo nuclear com UE e EUA
O chefe da equipe persa nas negociações nucleares, Sayed Abbas Araqchi, reuniu-se nesta quinta-feira (9), em Genebra, Suíça, com a secretária-geral adjunta para Assuntos Políticos da União Europeia (UE), Helga Schmid, e com a subsecretária de Estado dos Estados Unidos, Wendy Sherman.
Publicado 10/01/2014 10:52

Depois da reunião em conjunto, Araqchi também conversou em separado com cada uma das representantes para abordar as questões pendentes sobre a aplicação do acordo relativo ao programa nuclear do Irã, alcançado em novembro do ano passado, nas negociações com o Grupo 5+1 (EUA, Reino Unido, França, China e Rússia, como membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas, e a Alemanha).
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Araqchi, que é vice-ministro das Relações Exteriores para Assuntos Jurídicos Internacionais, qualificou de “muito sérias e técnicas” as reuniões com as duas representantes. Um dos assuntos sobre a mesa é também a ameaça recorrente de senadores e vereadores estadunidenses sobre a expansão de sanções contra o Irã, em detrimento do avanço dos diálogos.
As conversações devem se estender nesta sexta-feira (10) com Schmid, representando o G5+1, sem a presença de Sherman, que havia parado na Suíça para particiar da primeira reunião, enquanto viaja à Rússia.
Segundo Araqchi anunciara antes, a reunião desta sexta deve finalizar os asuntos que ficaram por resolver depois de três rodadas de diálogos entre os especialistas de Teerã e do grupo, e pode resultar na confirmação da inauguração do acordo no dia 20 de janeiro.
Em novembro passado, o Irã e o G5+1 concordaram com um plano de seis meses de medidas relativas ao programa nuclear persa e às sanções impostas contra o país, que devem ser aliviadas. Em troca, o governo persa comprometeu-se com a redução do enriquecimento de urânio e com o maior acesso de inspetores internacionais a suas instalações nucleares, por exemplo.
Ainda que tenha aceitado e até avançado propostas conciliadoras para demonstrar o compromisso com a diplomacia e com um objetivo civil, e não bélico, para o seu programa nuclear, o Irã reitera o seu direito ao enriquecimento de urânio para fins energéticos e de medicina, como signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear e membro da Agência Internacional de Energia Atômica.
Da Redação do Vermelho,
Com informações da HispanTV