Premiê do Iraque denuncia apoio estrangeiro ao terrorismo

O primeiro-ministro do Iraque, Nuri al-Maliki, assegurou que o terrorismo é o único que consegue benefícios das circunstâncias envolvendo os países árabes da região numa crise profunda. Em declarações nesta quinta-feira (9), o premiê lembrou o trajeto recente do seu próprio país.

Primeiro-ministro do Iraque Nuri al-Maliki. - HispanTV

“O Iraque foi o primeiro a fazer frente ao terrorismo e a romper a espinha dorsal da [rede terrorista] Al-Qaeda, mas o terrorismo beneficiou-se das circunstâncias nos países árabes e retornou”, disse Al-Maliki, que ressaltou também a aliança do Exército, da Polícia e das tribos iraquianas para enfrentar este desafio.

Neste sentido, urgiu os países patrocinadores do terrorismo que, no marco das “suas doutrinas corruptas”, estão por trás deste fenômeno, com financiamento e proteção, a acabar com o seu apoio.

“As organizações terroristas converteram-se em ferramentas para atacar outros (…), o Iraque está em uma guerra santa contra os terroristas, que violam a integridade da dignidade humana”, disse o premiê.

As suas declarações foram feitas um dia depois da promessa de “arrancar pela raiz” os grupos terroristas filiados à rede Al-Qaeda que operam na província ocidental de Al-Anbar.

O governo de al-Maliki colocou em marcha operações de grande escala para erradicar as redes terroristas nesta provincia e recuperar o controle das zonas dominadas pelos insurgentes. Entre elas está a cidade de Fallujah.

As forças iraquianas e os membros das tribos locais uniram-se ao Exército nesta missão e tomaram o controle de 90% da cidade de Ramadi, na mesma província.

Fallujah e Ramadi foram cenário de confrontos fatais entre efetivos do Exército iraquiano e militantes afiliados à rede Al-Qaeda nos últimos días. Desde 30 de dezembro, as tropas do governo eliminaram um acampamento utilizado como “quartel-general da Al-Qaeda” em Ramadi.

Com informações da HispanTV