Medicamento para Aids terá 100% de produção nacional 

 O Diário Oficial da União publicou nesta semana o registro do medicamento Sulfato de Atazanavir nas concentrações 150 mg, 200 mg e 300mg. O registro significa uma importante conquista tanto para o Brasil, que poderá produzir o antirretroviral e terá a garantia do abastecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) pelo Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz).

O medicamento é fruto de uma Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP) firmada entre Farmanguinhos e o laboratório americano Bristol-Myers Squibb. O acordo inclui a transferência da tecnologia, a fabricação e a distribuição do medicamento pelo período de cinco anos.

Nos dois primeiros anos da parceria, o laboratório americano se compromete a fornecer o remédio com a embalagem de Farmanguinhos, como já acontece desde 2013. A produção será realizada no Complexo Tecnológico de Medicamentos, de Farmanguinhos, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, a partir de 2015.

A parceria prevê ainda a transferência da tecnologia do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) a uma indústria farmoquímica privada nacional, assegurando toda a cadeia produtiva do remédio em território brasileiro.

O Sulfato de Atazanavir é um antirretroviral usado no tratamento de pacientes com HIV/Aids. É indicado para início de terapia e atua como inibidor de protease na composição de esquemas terapêuticos das diretrizes internacionais do Departamento de Saúde dos Estados Unidos, da Sociedade Internacional Antiviral, da Sociedade Clínica Europeia de Aids e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O Brasil é referência mundial no enfrentamento ao HIV e à doença propriamente dita. Há 16 anos, o SUS garante acesso universal a todos os medicamentos necessários para o combate ao HIV, além de exames e acompanhamento médico, que beneficiam 217 mil brasileiros. Além disso, o SUS oferece tratamento antirretroviral a 97% dos brasileiros diagnosticados com Aids.

O Ministério da Saúde disponibiliza gratuitamente 20 antirretrovirais, que representam investimentos de R$850 milhões por ano na aquisição dos medicamentos.

Da Redação em Brasília
Com PT na Câmara