Em Salvador, evento pede paz e boa convivência entre religiões

Na manhã desta terça-feira (21), a Reitoria da Universidade Federal da Bahia (UFBA) foi palco de uma celebração ecumênica em homenagem ao Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa – 21 de janeiro. Com o tema “Basta de Intolerância, diga sim à convivência pacífica entre as religiões”, o ato reuniu líderes religiosos em prol da boa convivência e com o intuito de fortalecer a cultura de paz.

Projeto do deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA), o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa (Lei 11.635/07) foi inspirado na Lei 6.464/04, que criou o Dia Municipal de Combate à Intolerância Religiosa em Salvador, de autoria da então vereadora Olívia Santana (PCdoB). Em 2014, a lei municipal completa 10 anos.

Na ocasião, Daniel Almeida declarou que “a intolerância existe e se manifesta de diversas formas, faz mal à convivência entre as religiões e as instituições. Este encontro serve para dizer que nós precisamos nos abraçar, em nome da democracia.” Além disso, o deputado afirmou que este foi o primeiro projeto de sua autoria na Câmara dos Deputados.

Olívia Santana afirmou que a morte de Mãe Gilda, do terreiro Abassá de Ogum, em 2001, fato que originou a data simbólica, não ficou no anonimato, virou um marco para os que lutam contra o preconceito e a discriminação. “Sabemos que no Brasil, a intolerância religiosa se confunde com o racismo, já que o Candomblé é sempre o alvo principal, embora outras religiões, e os ateus, também sofram situações de desrespeito.”

Durante o evento, os representantes da Fundação Cultural Palmares, José Hilton, e da Fundação Gregório de Mattos, Fernando Guerreiro, assinaram o protocolo para instalação do Busto em Homenagem a Mãe Gilda, no Abaeté, bairro de Itapuã. Segundo o documento, Mãe Gilda é um símbolo nacional do combate à intolerância religiosa. O ato contou com apresentação do Coral da Cidade da Luz e dos cantores Margareth Menezes, Carla Visi e Gerônimo.

O evento foi organizado pela Unegro, Coletivo de Entidades Negras (CEN), bloco afro Reconvexo, Centro de Educação e Cultura Popular (Cecup), pelo mandato do deputado federal Daniel Almeida e a ex-vereadora Olívia Santana. Apoiaram ainda a iniciativa a Fundação Cultural Palmares, as secretarias estaduais de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) e do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), e a UFBA.

De Salvador,
Ana Emília Ribeiro