Colômbia deve investigar excessos na destituição de prefeito

O advogado colombiano Jorge Molano solicitou à promotoria do país abrir uma investigação sobre os supostos excessos cometidos pelo procurador Alejandro Ordóñez na destituição e afastamento do prefeito de Bogotá, Gustavo Petro.

Molano assinalou que as ações de tutela (proteção de direitos) não foram respeitadas pelo Tribunal Administrativo de Cundinamarca. "Constitue uma clara demonstração de que as decisões da procuradoria foram contrárias à lei no parágrafo onde estão expostas as formas de julgamento dos crimes", disse o advogado.

"Pedimos ao promotor geral (Eduardo Montealegre) que comece as investigações contra o procurador e os membros da comissão disciplinaria que podem ter incorrido nos delitos de falta nas obrigações e deveres inerentes ao cargo que desempenham".

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Entre as medidas solicitadas pelo advogado figura uma inspeção aos despachos nos quais o tribunal cundinamarquês baseia a destituição e afastamento de Petro, o que permitiria à promotoria obter mais provas contra o procurador.

Por sua vez, o presidente desse órgão distrital administrativo, Carmelo Perdomo, assegurou que nos recursos apresentados a favor de Petro, há um argumento em comum. Além da proteção do direito de eleger e ser eleito presente nas tutelas, explicou, as supostas falhas na aplicação das políticas públicas cometidas pelo prefeito e apontadas pelo procurador, não podem ser consideradas como condutas gravíssimas por esse organismo de controle.

Fonte: Prensa Latina