Multidão encerra campanha da esquerda na capital de El Salvador

Mais de 350 mil salvadorenhos acompanharam os candidatos da Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional (FMLN) no encerramento da campanha em presidencial na capital, San Salvador, tendo em vista as eleições de 2 de fevereiro próximo.

Para as centenas de milhares de pessoas que participaram do ato, só o candidato à presidência, Salvador Sánchez Cerén, e à vice-presidência, Oscar Ortiz, podem conduzir El Salvador pelo caminho do aprofundamento das mudanças iniciadas em 2009.

Camaradagem, gigantismo, música, dança e a presença do reconhecido cantor Álvaro Torres deram às ruas um ambiente festivo ao encerramento da campanha eleitoral do partido de esquerda.

Outros atos foram realizados na cidade ocidental de Santa Ana, em San Miguel, no oriente, e em Quezaltepeque, terra natal do candidato Sánchez Cerén, um dos líderes históricos da FMLN e vice-presidente do país.

Em todas essas manifestações, como em San Salvador, teve presença uma multidão de simpatizantes com as propostas de campanha de Sánchez Cerén e Ortiz, cujo eixo central é o ser humano.

O secretário geral da FMLN, Medardo González, assegurou que o partido tem crescido desde a primeira semana de janeiro até o dia 20, de 47,6% a 49,5% de preferência nas pesquisas.

Praticamente chega ao número que se exige, 50% mais um dos votos válidos, para a vitória eleitoral, destacou.

O dirigente prefere celebrar o triunfo somente quando o Tribunal Supremo Eleitoral der os primeiros resultados.

O candidato à vice-presidência, prefeito da cidade de Santa Tecla, vizinha da capital, durante cinco períodos, chamou pela continuação das "boas mudanças" que começaram em 2009.

Ele prevê a vitória da FMLN no primeiro turno porque, disse, é o partido maior, mais forte, mais organizado e melhor integrado.

Agradeceu ao presidente Maurício Funes por abrir o caminho que a Frente continuará, com programas sociais que favorecem a população mais excluída historicamente.

Salvador Sánchez Cerén, aclamado pela multidão, foi o último orador. Com seu discurso singelo e humano, arrancou numerosas aclamações e aplausos durante sua intervenção que o obrigaram a fazer pausas.

O candidato à presidência recordou que em 2009 o povo salvadorenho deu a vitória à FMLN ao mesmo tempo em que assegurou que a direita não voltará a governar.

"O povo já não quer ser objeto, e sim sujeito das mudanças, assinalou Sánchez, e chamou todos a trabalhar juntos por El Salvador.

O presidente da Assembléia Nacional, Sigfrido Reis, comentou para a agência Prensa Latina: "Temos trabalhado, temos feito uma campanha bem sucedida com propostas para avançar na transformação deste país. Temos resultados a oferecer após o primeiro mandato presidencial”.

Ele assegurou que a direita tradicional, os adversários da FMLN, têm mostrado uma vez mais que não têm maiores coisas a oferecer a um eleitorado que quer que as mudanças sigam se aprofundando.

"O que temos visto nos últimos dias é uma onda de adesões que vêm a consolidar esta tendência de uma vitória no primeira turno", enfatizou.

Manifestou sentir-se muito otimista com a quantidade de salvadorenhos que têm acompanhado a Frente nos atos de encerramento da campanha tendo em vista as eleições de 2 de fevereiro.

Ainda haverá um último ato, na próxima quarta-feira (29), em Soyapango, no departamento (equivalente a estado) de San Salvador, onde também se espera o comparecimento de centenas de milhares de pessoas.

Prensa Latina