Sem negociação, servidores da saúde do RJ continuam em greve

Os servidores federais da saúde entraram em greve no Rio de Janeiro na última segunda-feira (3), nesta quinta-feira (6) a paralização já atinge 100% das unidades federais. O motivo, é a implementação do ponto eletrônico de 40 horas que aumenta a carga hora da categoria, que era de 30 horas. A greve, puxada pela base, culmina o insucesso do processo de negociações onde o governo se omitiu e não apresentou uma proposta satisfatória para os trabalhadores.

Greve dos servidores da saúde no Rio de Janeiro

A diretora do Sindsprev e militante da CTB-RJ, Celina Maria, reconheceu que a greve surge após muitos esforços em encontrar uma solução para o caso. "A greve é a última instância de luta dos trabalhadores, ainda mais para os trabalhadores da saúde, mas reflete o descaso do Governo Federal com a categoria. Além dos problemas de baixa remuneração e de falta de condição de trabalho, instituir uma carga horaria contrária ao que foi conquistado com muita luta dos trabalhadores gerou revolta na categoria que decidiu pela greve e chamou o movimento sindical a aderir a ela. E com isso, o sindicato decretou a greve em sintonia com os anseios da base", declarou.

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Celina lembrou que há mais de um ano que se tentam negociações com o governo para resolver os problemas que levaram à greve. Duas ocupações da representação do Ministério da Saúde, na Rua México e um ato no mesmo local marcaram esse processo.

O presidente da CTB-RJ Ronaldo Leite, ressalta que a central apoia a luta dos trabalhadores e que seus militantes e diretores no Sindsprev estão participando ativamente da luta. "A CTB-RJ não só apoia como participa ativamente da greve dos servidores da saúde. A carga horária de 30 horas é uma conquista da categoria, fruto da luta e mobilização dos trabalhadores, e não vamos admitir que se retire um direito adquirido", afirmou o presidente estadual.

Fonte: CTB-RJ