Países andinos investem na agricultura familiar
O Parlamento Andino, no marco do Ano Internacional da Agricultura Familiar (AIAF), aprovou, no último semestre de 2013, uma declaração de implementação na região andina de políticas públicas em favor do desenvolvimento sustentável dos sistemas agrários baseados na unidade familiar, segundo assinala o Boletim de Agricultura Familiar da América Latina e Caribe da FAO.
Publicado 12/02/2014 18:11
O Peru é um dos países que afronta o desafio de continuar formulando e alterando suas políticas e programas com o objetivo de conseguir um desenvolvimento rural inclusivo e integral de sua atividade agropecuária.
"O limitado acesso aos serviços de educação, assistência técnica, crédito e mercados dos pequenos produtores pecuários não permitiu que este setor expresse todo seu potencial produtivo e se converta em uma peça chave do programa de desenvolvimento rural e de luta contra a pobreza e as insegurança alimentar”, assinalou Tito Díaz, oficial principal de Desenvolvimento Pecuário para América Latina e Caribe da FAO.
Em países como Bolívia se constituiu o Comitê de Agricultura Familiar para AIAF integrado por representantes das organizações de produtores, representantes da sociedade civil e representantes do governo.Hugo Dután, gerente do Programa Bem Viver Rural do Ministério da Agricultura, Pecuária, Aquicultura e Pesca do Equador , declarou "A agricultura Familiar é um componente estratégico para o Equador já que reconhece aos agricultores familiares como o suporte do emprego, da renda e das possibilidades de um manejo adequado da produção”.
Por sua vez, a República Bolivariana anunciou, no último semestre de 2013, sua integração ao Fundo de Agricultura Familiar do Mercosul, um organismo que financia ações para o desenvolvimento dos pequenos e médios produtores a nível regional.
2014: Ano internacional da Agricultura Familiar
O Ano Internacional busca elevar a visibilidade da agricultura familiar para centrar a atenção mundial sobre seu importante papel na mitigação da fome e da pobreza, na segurança alimentar e na nutrição, para melhorar os meios de vida, a gestão dos recursos naturais, a proteção do meio ambiente e chegar ao desenvolvimento sustentável, em particular em zonas rurais.
Sua meta é reposicionar a agricultura familiar no centro das políticas agrícolas, ambientais e sociais.
A FAO está encarregada de facilitar a implementação e elaboração do programa oficial do Ana Internacional da Agricultura Familiar, em colaboração com governos, organismos internacionais de desenvolvimento, organizações de agricultores e outras organizações pertinentes do sistema das Nações Unidas e organizações não governamentais.
O lançamento oficial do Ano Internacional da Agricultura Familiar, AIAF 2014, foi celebrado em 22 de novembro na sede das Nações Unidas, Nova York.
Fonte: Adital