Famílias haitianas são expulsas de suas terras

Pessoas nas ruas, sem condições de trabalho, expulsas de suas terras e sem nenhum atendimento às necessidades básicas de um ser humano. Essa situação é resultado de uma política de desapropriação de terras do governo haitiano. As pessoas expulsas de suas terras ficam a mercê da própria sorte, contando apenas com a indiferença das autoridades competentes.

De acordo com um informe do Grupo de Apoio a Repatriados e Refugiados (GARR), não é de agora que essas violações estão acontecendo. Além de 300 famílias já expulsas, outras ainda estão sofrendo com ameaças de perderem tudo o que tem.

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As expropriações são feitas de forma violenta. Na última, do dia 03 de fevereiro, os então moradores da aldeia Mozayik, localizada em Canaã (norte de Porto-Príncipe), tentaram impedir a passagem dos tratores que iriam destruir suas casas com barricadas. Para abrir passagem a polícia usou bombas de gás lacrimogêneo e fez uso de cassetetes para bater nas pessoas que tentavam defender suas terras. Após a desapropriação, foram registrados cinco casos de lesão corporal.

Em seu informe, o GARR condena as desapropriações forçadas realizadas contra as famílias haitianas. Além disso, exige das autoridades uma posição em relação à violência perpetrada contra essas pessoas, já que, até agora, nenhuma autoridade competente interveio na situação das famílias expulsas de suas casas.

No fim do documento, a entidade convida o governo haitiano a tomar medidas urgentes de proteção aos cidadãos e cidadãs que estão desalojadas e aos que correm o risco de perder suas terras.

Fonte: Adital