Fetaesp promove conhecimento para trabalhadoras rurais paulistas

Embora comumente conhecido como um dos mais urbanos e industrializados estados do país, São Paulo ainda conta com uma grande parcela de trabalhadores rurais. São mais de 200 mil estabelecimentos de agricultura familiar. Diante disso, as mulheres que atuam no campo têm dado grande contribuição à atividade, representando 40% da mão de obra na agricultura paulista.

É cada vez mais comum encontrarmos mulheres encabeçando um empreendimento rural, enquanto outras dividem a responsabilidade da atividade com seu cônjuge. Situações impensáveis até pouco tempo atrás em nossa história social. O cenário vem mudando, muito devido à luta do Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR) pelo respeito aos direitos de gêneros.

Diante desse cenário e com a ampliação das políticas públicas para agricultura no país, principalmente com programas específicos para mulheres, que a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de São Paulo (Fetaesp) realiza regularmente encontros com trabalhadoras rurais, dando ênfase em aspectos específicos para que esse público se mantenha atualizado sobre seus direitos, de forma a fortalecer sua participação na economia agrícola, além de receberem também informações sobre saúde e violência, que contribuem ao seu bem-estar.

Cerca de 100 pessoas participam de cada encontro. Realizados gratuitamente nas cidades e nas bases de atuação dos mais de 130 sindicatos filiados à Federação, os eventos apresentam a importância e benefícios dos programas agrícolas e agrários vigentes, com ênfase nos aspectos voltados às mulheres. “Buscamos disseminar essas conquistas do movimento sindical que contribuem para o desenvolvimento de sua atividade, mas que ainda não são totalmente conhecidas pelas trabalhadoras rurais e que podem fortalecer sua participação na economia agrícola”, comenta Valdirene Gomes, coordenadora da Secretaria de Mulheres da Fetaesp.

Bem-estar

A saúde e a violência no campo também são temas abordados nos encontros. Com palestras ministradas por especialistas convidados, os participantes recebem orientações sobre os tipos de agressões e como combatê-las. Questões de higiene pessoal, informações sobre doenças sexualmente transmissíveis e como evita-las também fazem parte do conteúdo apresentado nesses encontros, como explica Valdirene. “O sindicalismo atuante não pode se basear apenas em atos reivindicatórios, temos também o papel de divulgar informações que contribuam para o bem-estar da categoria além do aspecto trabalhista”.

Fonte: Fetaesp/Portal CTB