Síria precisa do diálogo saudável para superar a crise, diz Assad

O presidente da Síria, Bashar al-Assad ressaltou, nesta segunda-feira (24), a importância do diálogo entre os Estados envolvidos na crise em seu país, para que se alcance um ambiente político saudável e favorável à diplomacia. No mesmo sentido, o primeiro-ministro Wael al-Halqi reafirmou que o governo não permitirá o uso da assistência humanitária por qualquer dos envolvidos para alcançar “objetivos suspeitos” ou a violação da soberania nacional.

Manifestação de apoio a Assad - HispanTV

Em reunião com membros do seu partido Baath, na capital síria, Damasco, Assad pontuou a importância da cidade, reconhecida pela preservação da herança conjunta do Cristianismo e do Islã, embora também represente um modelo da abertura à modernidade.

“Damasco desempenhou um papel preponderante na resistência da Síria durante uma crise de três anos,” disse o presidente. “Estamos enfrentando grandes desafios com a emergência da crise, e o primeiro é o confronto à ideologia extremista que tenta penetrar a nossa sociedade.”

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Por isso, Assad também enfatizou a necessidade do diálogo e da comunicação construtiva e eficiente com os novos atores na Síria, para identificar futuros mecanismos de relações saudáveis.

“Também temos um vácuo intelectual sem precedentes (…). Nosso dever é lidar com isso,” disse o presidente. “Sem diálogo não podemos desenvolver o partido ou o país.” Assad garantiu que o apoio popular ao terrorismo está diminuindo, enquanto o círculo de reconciliação está aumentando. “Este é o meio mais eficaz para combatermos o projeto de derrotar a Síria.”

Assistência humanitária e unidade nacional

O premiê sírio Al-Halqi enfatizou o rechaço à instrumentalização política da emergência humanitária, discutida durante a Conferência Internacional sobre a Síria, “Genebra 2”, atualmente em recesso.

Durante o seu encontro, no domingo (23), com a delegação do grupo “Lattakia, Um coração”, ele disse que o governo está interessando em consolidar a resistência do povo sírio e “fornecer assistência humanitária a todos os cidadãos que têm sido vítimas dos atos terroristas.”

Al-Halqi ressaltou o papel dos grupos civis baseados em tradições honradas pelo fornecimento de ajuda humanitária àqueles afetados pela crise, fortalecendo laços intercomunitários pela sociedade, para continuar imune às “escórias”, principalmente do pensamento islamita extremista.

O premiê também sublinhou os esforços do grupo para fortalecer a unidade nacional, o que coincide com a aceleração da reconciliação em toda a Síria. Neste sentido, os membros da delegação também abordaram a necessidade de avaliar os históricos dos prisioneiros e dos sequestrados.

Da redação do Vermelho,
Com informações das agências