Cubanos do Mais Médicos passarão a receber R$ 3 mil por mês

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, anunciou nesta sexta-feira que os cubanos que atuam no programa Mais Médicos vão passar a receber US$ 1.125 por mês, cerca de R$ 3 mil. Atualmente, os médicos cubanos recebem US$ 400 e outros R$ 600 ficam são depositados em uma conta em Cuba a qual só têm acesso após o retorno à ilha.

Arthur Chioro - ministro da Saúde - Foto: Valor Econômico

De acordo com Chioro, a partir de agora os US$ 600 serão incorporados automaticamente ao salário mensal, que terá um acréscimo de US$ 245 para alcançar o novo repasse destinado aos cubanos e que será pago a partir de março.

O ministro afirmou que não haverá qualquer alteração no contrato com a Organização Panamericana de Saúde (Opas), responsável pela intermediação entre os governos brasileiro e cubano. A mudança no pagamento teria sido apenas um arranjo no acordo em vigor e fruto de negociações para que os cubanos recebam todo o salário de uma vez só. Chioro acrescentou que não haverá aumento de gastos por parte do Brasil.

“Houve uma cooperação, um entendimento da Opas, houve também vontade do governo cubano e nós estamos anunciando que os médicos cubanos no Brasil, que participam na qualidade de cooperados, a partir de março receberão um aumento dos valores pagos. O valor, efetivamente líquido, que ficará disponibilizado para eles através do acordo, passará a ser de US$ 1.245, cerca R$ 3 mil líquidos, sem contar valores pagos pela prefeitura para alimentação, transporte, hospedagem e sem contar a manutenção dos benefícios que esse médico tem por ser servidor do governo de Cuba”, afirmou Chioro.

Questionado se não seria possível pagar diretamente aos médicos cubanos o mesmo valor pago a outros profissionais, que recebem R$ 10 mil, o ministro disse que o acordo do Brasil é feito com a Opas e que não sabe a destinação do valor a mais pago pelo programa.

"Eu não saberia dizer, e nem poderia dizer, como ministro da Saúde do Brasil, como Cuba utiliza seu recurso. Agora, eu posso dizer que tenho a impressão de que uma parte considerável vai para o sistema de saúde de Cuba, para formação de médicos e que tem ajudado em cooperações em todo mundo. Acho que essa explicação é plausível, mas quem deve responder é o governo de Cuba", disse o ministro.

Fonte: Portal Terra