Parlamento russo aprova uso de Forças Armadas na Ucrânia

A Câmara Alta do Parlamento russo aprovou neste sábado (1º/3) a proposta do presidente do país, Vladimir Putin, para enviar tropas russas à região ucraniana da Crimeia. De acordo com a Constituição da Federação Russa, só a câmara alta do parlamento pode aprovar tal decisão. Mas, segundo explicou o departamento, "a referida decisão pode ser tomada apenas a pedido do presidente do país".

Parlamento russo aprova uso de Forças Armadas na Ucrânia - EFE

O Conselho da Federação apoiou com ampla maioria a proposta para usar "as Forças Armadas da Federação Russa no território da Ucrânia até a normalização da situação sociopolítica naquele país". A presidente do Conselho, Valentina Matvienko, informou anteriormente os senadores ter recebido tal pedido da parte do presidente russo, Vladimir Putin.

O chefe de Estado russo afirmou que a medida é necessária para proteger a população de maioria étnica russa que vive na Crimeia, bem como a vida dos oficiais que atuam na base militar que o país mantém na região. Na madrugada deste sábado, a chancelaria russa denunciou a tentativa de invasão de prédios públicos na capital da Crimeia por parte de homens armados partiram de Kiev.

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O ataque, segundo informou a chancelaria da Rússia, deixou inúmeros feridos. “Essa tentativa confirma a intenção dos círculos políticos em Kiev de desestabilizar a situação da península”, disse o Ministério das Relações Exteriores russo.

O líder do Executivo regional da Crimeia pediu ajuda à Rússia para preservar a segurança do território autônomo, região que possui relativa independência do governo central da Ucrânia. Uma fonte do Kremlin teria dito que “a Rússia não iria ignorar esse pedido”, segundo o RT.

Após a requisição de Moscou, o presidente interino da Ucrânia, Oleksander Turchinov, convocou uma reunião de emergência com sua equipe de defesa nacional para discutir os próximos passos. Na noite de sexta (28), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez um pronunciamento em que se disse “muito preocupado” com as informações de “movimentos militares da Federação Russa dentro da Ucrânia” e advertiu que “haverá custos em qualquer intervenção” com as Forças Armadas.

Da redação do Vermelho,
Com informações da Voz da Rússia, Opera Mundi e agências de notícias