Garis do Rio mantêm greve e fazem novo ato nesta quarta

Após cerca de oito horas, garis encerraram o desfile protesto realizado na terça-feira (4) de Carnaval. Eles passaram pelo centro da cidade, Ipanema, Leblon e Lagoa Rodrigo de Freitas. Um grupo menor decidiu ir até Copacabana. Durante a caminhada, os manifestantes foram aplaudidos por foliões que brincavam o carnaval com a Banda de Ipanema e também quem estava nas ruas. Mesmo após demissão de mais de 300 trabalhadores, a greve continua.

Um novo ato foi marcado para esta quarta-feira (5), ao meio dia, na sede da empresa pública, proximo ao metro Saenz Peña.

Com cartazes e latas improvisadas para batucar, eles protestaram contra acordo firmado entre a Companhia de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro (Comlurb), do município, que prevê reajuste salarial de 9%. O piso salarial inicial passará para R$ 874,79, mais 40% de adicional de insalubridade que elevará o salário para R$ 1.224,70.

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O grupo de garis em greve não aceita o acordo e diz que não reconhece o Sindicato dos Empregados das Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio de Janeiro como representante da categoria.

Os manifestantes passaram por duas centrais de operação da Comlurb para convencer mais colegas a aderir à greve. As duas unidades estavam praticamente vazias. Policias militares e o Batalhão de Choque acompanharam o ato, que foi pacífico.

A Comlurb iniciou, nesta manhã (4), o processo de demissão de 300 funcionários que não compareceram ao trabalho para o turno das 19h de terça (3).

De acordo com a companhia, a demissão está prevista na Cláusula 65 do acordo firmado entre a companhia e o Sindicato dos Empregados das Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio de Janeiro. Quem voltou ao trabalho terá os dias parados abonados. Alguns garis demitidos participaram do protesto, como Márcio Gonçalves de Oliveira. “Recebi uma carta para comparecer à sede da Comlurb porque faltei dois dias de trabalho”, contou. A empresa informou que também irá demitir quem não comparecer ao trabalho no turno de hoje.

Segundo os manifestantes, a greve irá continuar até que a prefeitura negocie diretamente com o movimento grevista e volte atrás nas demissões.

Reivindicações da categoria


Fotos: Mìdia Ninja

A proposta da prefeitura é de aumento de R$ 804 para R$872,00. A categoria teria o seguro de vida incrementado, auxilio odontologico e creche. No entanto, os trabalhadores exigem salário de R$1200, mais adicional de insalubridade, e vale-alimentação de R$ 20, ao dia.

Com Agência Brasil