Governo da Síria discute negociações e combate ao terrorismo

O governo sírio aprovou uma proposta de lei, nesta terça-feira (4), para emendar a Lei de Eleições Gerais, emitida por um Decreto Legislativo em 2011, e uma proposta para a ratificação do acordo entre a Síria, a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq), sobre o centro para a missão conjunta das duas organizações no país. No mesmo dia, centenas de sírios manifestaram apoio ao governo em várias províncias do país.

Manifestação de apoio a Assad - HispanTV

Durante a sessão do gabinete, o primeiro-ministro Wael al-Halqi afirmou o compromisso com o combate à corrupção e com a revitalização dos setores industrial, agrícola e de desenvolvimento, notando que a economia tem se estabilizado e ressaltando os passos tomados para controlar as taxas de câmbio e a queda dos preços no mercado.

Al-Halqi também enfatizou a necessidade de somar recursos para melhorar a segurança cultural e “confrontar as ideias distorcidas” propagadas pelo extremismo religioso da ideologia takfiri (que busca a excomunhão e usa a violência contra os grupos que não partilham da sua interpretação fundamentalista do Islã).

Já o vice-premiê para Assuntos de Serviços e ministro para Administração Local, Omar Ghalawanji relatou ao gabinete o estado do fornecimento de serviços e do setor de utilidades e danos causados pelos repetidos ataques terroristas, particularmente nas comunicações e no fornecimento de energia elétrica.

O vice-primeiro-ministro para Relações Exteriores e Emigrados, Walid al-Moallem também informou o gabinete sobre os últimos acontecimentos relativos à arena internacional, saudando os avanços do Exército Sírio no combate aos grupos responsáveis por atos de terrorismo no país.

“O que a delegação oficial da Síria para a conferência de Genebra foi parte das suas obrigações nacionais, mas não pode ser igualado ao trabalho de cada membro do Exército Árabe-Sírio no quadro do combate ao terrorismo”, disse Al-Moallem, referindo-se ao processo de negociações com potências ocidentais, a Rússia e a China, entre outros convidados de todo o mundo e vizinhos envolvidos diretamente no conflito, com respaldo aos grupos armados (como a Arábia Saudita e a Turquia).

Al-Moallem deu estas declarações também na Assembleia Popular, nesta quarta-feira (5), quando apresentou uma revisão política dos últimos desenvolvimentos da crise violenta no país. Além disso, o ministro enfatizou o processo de reconciliação nacional avançado em diversas áreas como o passo mais importante a ser impulsionado, para que se espalhe através do país e “encerre o derramamento de sangue sírio.”

Da redação do Vermelho,
Com informações da agência Sana