Jô exalta poder feminino no Carnaval de Belo Horizonte
A deputada federal Jô Moraes (PCdoB-MG) fechou o desfile da Grêmio Recreativo Imperavi de Ouros nesta terça-feira (4), no Carnaval de Belo Horizonte (MG), como destaque do carro alegórico da agremiação que este ano exaltou a mulher com o enredo “O poder feminino”. A escola empolgou a avenida lotada de foliões e o carro alegórico de Jô Moraes foi seguido por uma legião de homens e mulheres.
Publicado 05/03/2014 14:38
Jô, que é coordenadora da bancada feminina na Câmara dos Deputados, foi convidada pela diretoria da escola para representar o enredo que exalta a força da mulher. A mídia mineira anunciou o fato destacando que “a homenagem faz sentido, já que o tema da escola, que tirou o primeiro lugar no grupo de acesso no ano passado, é o poder feminino. Um reconhecimento ao trabalho de Jô nessa área. Tanto que é a coordenadora da bancada feminina na Câmara Federal”
Depois de 20 anos os desfiles das escolas de sambas voltaram para a avenida Afonso Pena e os blocos marcaram uma nova fase da folia. “O que há de novo no Carnaval de Belo Horizonte é a multiplicidade e regionalização dos blocos. ‘Seu bairro seu bloco’ levou a vizinhança a tomar a cidade”, postou a deputada em seu twitter.
Para Jô, o fenômeno é, na verdade, o coroamento do movimento popular de apropriação da cidade, iniciado com a Praia da Estação.
A Praia da Estação – patrimônio cultural, artístico e ponto turístico de Belo Horizonte – é um movimento surgido em 2010, nas redes sociais, como reação a um decreto da Prefeitura de Belo Horizonte que vedava a realização de quaisquer eventos no local.
Grupos de pessoas passaram a se reunir no local, ante a proibição, e a ocupação do espaço foi crescendo e com ele a pratica de transformar o espaço em “praia livre”. A característica é a de ser um movimento sem dono, democrático, de todos e para todos.
“Ali, as pessoas passaram a se reunir para tomar sol, conversar, interagir, ocupar o que é da cidade, o que é um bem comum, num claro recado não só aos gestores, mas a todos individual e coletivamente”, observa Jô Moraes.
Ela lembra que o fechamento das fontes de água foi uma das reações institucionais na tentativa de evitar a ocupação. Mas o grupo, que no início era de algumas dezenas, passou a ser de centenas de frequentadores.
Para Jô Moraes, a população está se conscientizando de seu poder, de sua capacidade de influir e decidir até mesmo no tocante aos espaços públicos e a forma desta ocupação. Ela cita ainda o movimento surgido em torno da vocação urbana no Mercado Distrital de Santa Tereza. “Um bairro que também é pioneiro dos blocos carnavalescos, que contagiam a cidade”, lembra.
Da Redação em Brasília
Com informação da Ass. Dep. Jô Moraes