Jô Moraes convoca Câmara por pacto pelo trabalho decente
A coordenadora da Bancada Feminina da Câmara, deputada federal Jô Moraes (PCdoB-MG) propôs aos colegas deputados, tanto da situação quanto da oposição, “um pacto de compromisso com a sociedade para aprovação do Projeto de Resolução que cria o “Prêmio Dignidade no Trabalho. Este é um prêmio que a Câmara dos Deputados criará para todos aqueles que praticam o trabalho decente”, afirmou.
Publicado 04/03/2014 11:26
A proposta é viabilizar, no 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, a premiação das empresas e dos empresários que tratam a mulher sem discriminação. “Para nós, da bancada feminina, o Prêmio Dignidade no Trabalho reforça o apelo que precisamos para o enfrentamento das dificuldades que nós mulheres temos como trabalhadoras”, disse em discurso na tribuna da Câmara logo após o início dos trabalhos legislativos.
“Imaginem vocês se até o direito elementar de ir ao banheiro na hora do trabalho fosse cerceado, porque o nível da produtividade exigida não permitisse? É isto que acontece em muitos casos com as mulheres trabalhadoras que não podem se ausentar de onde estão – sujeitas às condições precárias do assédio moral e das doenças que enfrentam, como, por exemplo, as comerciárias, com problema de varizes pelo tempo em que ficam em pé.
Ao avaliar a conjuntura, a parlamentar apontou que o projeto, de tamanha dimensão e responsabilidade, não pode ser contaminado com pautas políticas da disputa eleitoral, que ela considera legítimas e que devem existir e serem enfrentadas, mas ressaltou o compromisso maior com a sociedade, em referência direta ao PSDB que está obstacularizando a votação da proposta.
“A democracia pressupõe o confronto de ideias, o confronto de projetos. Evidentemente que a sociedade precisa exatamente disto: saber qual é a diferença de um projeto de disputa presidencial de um partido ou de outro. Mas eu queria aqui que nós estabelecêssemos um pacto”, avalia a parlamentar, enfatizando o compromisso que a Câmara deve ter com a sociedade brasileira.
“Nós precisamos ter uma dinâmica legislativa que assegure, evidentemente, o contraditório, o debate, o confronto de ideias entre Situação e Oposição, mas que comporte a aprovação de projetos políticos que podem ser, num momento, de alguém de um partido da base do Governo e, em outro momento, de alguém de um partido da Oposição, mas que servem à sociedade”, cobrou a coordenadora da bancada feminina, que reúne as mulheres parlamentares de diversos partidos políticos.
Da Redação em Brasília
Com informações da Ass. Dep. Jô Moraes