Superlotação abarrota centro de imigrantes espanhol na África

As instalações de cuidados temporários aos imigrantes em Melilla, cidade espanhola na África, abrigam mais de 1.300 pessoas, três vezes mais que sua capacidade, enquanto se mantêm as tentativas de ingresso de forma irregular.

Cerca de 15 imigrantes saltaram nesta segunda-feira (10) a vala de seis metros, protegidas com lâminas em sua parte superior, depois que um grupo de 850 pessoas protagonizar uma massiva ocupação, pela segunda vez em 24 horas.

Ao todo cerca de 500 imigrantes ingressaram neste ano a Melilla, a maioria através da técnica de ocupação em massa.

Segundo os dados fornecidos, a maior parte dos imigrantes enclausurados nesse centro de atenção são do Mali (cerca de 270) e o restante de Guiné-Conacri, Síria e Camarões em sua maioria e muitos deles estão instalados em barracas nos pátios interiores.

De acordo com as fontes oficiais cerca de 80 mil pessoas esperam em Marrocos e na Mauritánia a oportunidade para entrar de forma irregular em Ceuta e Melilla, duas cidades autônomas espanholas na África, o que lhes abriria as portas à União Europeia.

Partidos opositores e especialistas, ainda que consideram exagerada a cifra, reivindicam às autoridades europeias que abordem os problemas de fundo que provocam a imigração de países envolvidos em guerra ou ameaçados pela fome.

No último dia 6 de fevereiro em uma tentativa de chegar a nado a uma praia de Ceuta morreram 15 pessoas, tragédia pela qual opositores e grupos humanitários culpam a Policia civil por disparar balas de borracha contra essas pessoas enquanto estavam na água.

Fonte: Prensa Latina