EUA reagem à liderança de Putin com propaganda, diz colunista

“Os estadunidenses não experimentam liderança política ou uma mídia independente há tanto tempo que ficam impressionados com as respostas diretas do presidente russo, Vladmir Putin, e com as perguntas reais” feitas pelos jornalistas, diz Paul Craig Roberts, em artido para a emissora persa PressTV, nesta terça-feira (11). Algumas posições mostram a influência da propaganda estadunidense contra a Rússia, ressalta.

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Segundo Roberts, um colunista norte-americano, seus conterrâneos “também ficarão impactados pelo quanto a situação ucraniana diverge das torrentes constantes de mentiras jorrando de Washington, seus fantoches europeus e a mídia prostituída”.

A liderança “calma” de Putin, continua, com a “falta de declarações provocativas e de ameaças, e sua insistência na legalidade e vontade do povo contrastam de forma gritante com as ameaças do Ocidente e o apoio à derrubada violenta de um governo democraticamente eleito”.

“É surpreendente que a única liderança no mundo venha da ‘Rússia, China e três ou quatro países na América do Sul.’ O mundo ocidental não tem mais uma capacidade diplomática. Ao invés disso, o mundo ocidental depende da propaganda, das ameaças, da força e dos complôs para derrubar governos que, antes, demonizam.”

O colunista nota que Putin perguntou repetidamente o motivo do Ocidente para criar a crise na Ucrânia. “Ele lança o importante argumento de que nos antigos países soviéticos, a legalidade e a democracia são frágeis. A democracia e a legalidade não são aprofundadas ao derrubar a democracia antes de ela ter se enraizado e ao colocar no governo um governo que não foi eleito, à força e na ilegalidade.”

E Roberts indaga: “Realmente, por que é que o Ocidente assassinou a democracia e a ordem constitucional na Ucrânia?” Entretanto, para o autor do artigo, Putin sabe a resposta para esta pergunta, embora não a tenha dado. “Ele é um diplomata e ainda tem alguma esperança no senso comum e na boa vontade.”

Putin sabe, continua, “que o Ocidente apoiou a derrubada do governo ucraniano como parte do seu golpe estratégico contra a soberania e a independência da Rússia. Aliar a Ucrânia à Otan [Organização para o Tratado do Atlântico Norte] significa bases militares [no país]. Lembremos do quão aterrorizados estavam os estadunidenses com as bases de mísseis em Cuba.”

Os EUA continuam buscando a hegemonia mundial e, assim, “guiando o planeta para uma guerra perigosa, em que nenhum dos lados pode aceitar a derrota. Assim, as armas nucleares seriam empregadas. Putin sabe que a razão para a retirada estadunidense do tratado conta os mísseis balísticos e a instalação desses mísseis na Polônia serve para degradar o [poder] nuclear dissuasor da Rússia”.

Para Roberts, Putin também sabe que “apenas a Europa pode impedir a devastação final”. Por isso, continua, ele “não faz declarações provocativas ou toma medidas fortes. Ele espera que a Europa note o seu comportamento racional em contraste com o comportamento inconsequente dos EUA e se dê conta de que a Europa e a Otan precisam parar de permitir a busca estadunidense pela hegemonia, uma busca que está levando o mundo à destruição”.

“Ao empregar uma abordagem humana e racional, Putin estabeleceu-se como o verdadeiro líder no mundo, mas Washington contrapõe a sua liderança com demonização”, diz o colunista.

Com PressTV,
Tradução da Redação do Vermelho